Ministério Público denuncia 75 pessoas por envolvimento com o PCC
De acordo com o órgão, a célula agia como uma rede de comunicação para executar as ordens que vinham dos líderes do crime organizado nas penitenciárias
Agência Brasil
Publicado em 7 de julho de 2018 às 15h15.
Última atualização em 7 de julho de 2018 às 15h25.
O Ministério Público de São Paulo denunciou, por associação criminosa, 75 pessoas acusadas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital ( PCC ). A ação faz parte da Operação Echelon, deflagrada em junho deste ano, com objetivo de desmantelar o setor do PCC responsável pela ramificação interestadual da facção em 14 estados e países vizinhos.
A polícia conseguiu, em suas investigações, recuperar fragmentos de cartas que os detentos do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau dispensaram durante fiscalizações de rotina. No local, estava preso Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa.
Os manuscritos foram submetidos a exame grafotécnico pelo Instituto de Criminalística, que concluiu que as anotações partiram das pessoas suspeitas. Com o material, foi possível identificar execução de homicídios, rebeliões, ataques a fóruns, distribuição de armamento e drogas, atentados contra agentes públicos e órgãos do estado, além do fomento à guerra entre facções nos estados.
De acordo com o Ministério Público, a célula agia como uma rede de comunicação para executar as ordens que vinham dos líderes do crime organizado de dentro das penitenciárias. Uma das cartas citava, inclusive, que integrantes de outros estados se deslocariam para São Paulo com objetivo de aprender a montar bombas para serem usadas em ações futuras.