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Mercadante diz ser censura crítica ao tema feminista no Enem

O ministro negou que o tema esteja relacionado a qualquer tipo de doutrinação, como acusaram alguns deputados

Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante: “Censurar Simone de Beauvoir pode ser chamado de tudo, menos de educação" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 14h04.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante , defendeu hoje (27) o tema adotado na redação do Enem, sobre a continuidade da violência contra as mulheres. Além disso, durante audiência pública no Senado, o ministro classificou de "censura" as críticas a uma questão que citava a escritora e filósofa feminista Simone Beauvoir.

“Sobre o tema do Enem, cito Simone de Beauvoir: 'A gente não nasce, mas se torna mulher'. O que se discute [com isso] é a condição histórica da mulher, que não votava até os anos 30 e que era tida como um ser ligeiramente acima de crianças e de loucos”, destacou o ministro.

Doutrinação

Mercadante negou que o tema esteja relacionado a qualquer tipo de doutrinação, como acusaram alguns deputados, e destacou ações do governo da presidenta Dilma Rousseff em favor das mulheres.

“Talvez, por termos uma presidenta mulher, avançamos muito com a Lei Maria da Penha, e contra o feminicídio. Chamar à reflexão esse tema é algo que deveria ser aplaudido”, disse. “Censurar Simone de Beauvoir pode ser chamado de tudo, menos de educação", completou.

O ministro apresentou alguns dados sobre o perfil dos candidatos do Enem. Segundo ele, a edição de 2015 mostrou que a participação feminina no exame é cada vez maior.

“Este ano, 57% dos candidatos são mulheres e 58% se declararam negros ou pardos. Além disso, participaram 10 mil pessoas com deficiência visual e 9 mil com deficiência auditiva”.

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante , defendeu hoje (27) o tema adotado na redação do Enem, sobre a continuidade da violência contra as mulheres. Além disso, durante audiência pública no Senado, o ministro classificou de "censura" as críticas a uma questão que citava a escritora e filósofa feminista Simone Beauvoir.

“Sobre o tema do Enem, cito Simone de Beauvoir: 'A gente não nasce, mas se torna mulher'. O que se discute [com isso] é a condição histórica da mulher, que não votava até os anos 30 e que era tida como um ser ligeiramente acima de crianças e de loucos”, destacou o ministro.

Doutrinação

Mercadante negou que o tema esteja relacionado a qualquer tipo de doutrinação, como acusaram alguns deputados, e destacou ações do governo da presidenta Dilma Rousseff em favor das mulheres.

“Talvez, por termos uma presidenta mulher, avançamos muito com a Lei Maria da Penha, e contra o feminicídio. Chamar à reflexão esse tema é algo que deveria ser aplaudido”, disse. “Censurar Simone de Beauvoir pode ser chamado de tudo, menos de educação", completou.

O ministro apresentou alguns dados sobre o perfil dos candidatos do Enem. Segundo ele, a edição de 2015 mostrou que a participação feminina no exame é cada vez maior.

“Este ano, 57% dos candidatos são mulheres e 58% se declararam negros ou pardos. Além disso, participaram 10 mil pessoas com deficiência visual e 9 mil com deficiência auditiva”.

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