Mendes critica Lava-Jato; PSDB confuso…
Lava-Jato “expandiu-se demais” O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, atacou nesta segunda-feira o que chamou de “abusos” em investigações. “Investigação sim, abuso não”, defendeu Mendes, durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Pernambuco. Embora tenha falado de uma “importante conquista” da Operação Lava-Jato, […]
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2017 às 18h42.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.
Lava-Jato “expandiu-se demais”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, atacou nesta segunda-feira o que chamou de “abusos” em investigações. “Investigação sim, abuso não”, defendeu Mendes, durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Pernambuco. Embora tenha falado de uma “importante conquista” da Operação Lava-Jato, o ministro fez duras críticas a juízes e procuradores e chegou a ser aplaudido pela plateia em alguns momentos. “Expandiu-se demais a investigação, além dos limites. Abriu-se inquérito para investigar o que já estava explicado. Qual é o objetivo? É colocar medo nas pessoas. É desacreditá-las. Aí as investigações devem ser questionadas”, disse na palestra. Mendes voltou a criticar a investigação aberta contra os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão e Marcelo Navarro para apurar se Navarro foi nomeado em troca de uma atuação que pudesse obstruir o avanço da Lava-Jato. Ele também disse que nenhum país pode se organizar em termos institucionais e econômicos com o propósito principal de combater a corrupção.
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Cunha contradiz Joesley
Em uma nota redigida da prisão, o ex-deputado federal Eduardo Cunha confrontou as afirmações que Joesley Batista concedeu à revista Época. Cunha disse que, ao contrário das afirmações, Joesley tinha uma relação próxima com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse, inclusive, que participou de uma reunião com ambos durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. “Ele [ Joesley ] fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira! Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência […] entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment […] onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham”, escreveu o peemedebista. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.
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Lambança com a CIA
As lambanças do governo não param. A agenda de Sergio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional e um dos principais conselheiros de Temer, entrega o encontro do ministro com um agente secreto da CIA! No dia 9 de junho, Etchegoyen se encontrou com Duyane Norman, “traído” pelo governo: “Chefe do Posto da CIA em Brasília”. Em seu LinkedIn, Norman aparece apenas como “ political officer ” no Departamento de Estado Americano. Dada a descrição de seu posto na internet e a escassez de informações sobre Norman, é natural imaginar que ele gostaria de permanecer desconhecido. Afinal, é prerrogativa de função todo “espião” permanecer anônimo.
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Cabral denunciado novamente
Réu em nove processos da Operação Lava-Jato e já condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) pode ser colocado no banco dos réus pela 11ª vez. O Ministério Público Federal do Rio denunciou à Justiça, na última sexta-feira, Cabral, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e os operadores Carlos Emanuel de Carvalho Miranda e Luiz Carlos Bezerra por crimes de lavagem de dinheiro na compra de 4,5 milhões de reais em joias na joalheria de luxo H.Stern entre 2009 e 2014. O MPF afirma que o dinheiro utilizado nas aquisições foi pago em propina ao ex-governador pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, responsáveis pelas obras do PAC das Favelas, do Arco Metropolitano, da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e da Linha 4 do metrô.
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Alckmin confuso
Em mais uma declaração sobre a crise política que afeta o governo do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o PSDB está acompanhando a crise dia a dia e que pode sair da base do governo “a qualquer momento”. “Sair é deixar de ter ministério, o que, aliás, eu acho completamente secundário. Quando houve o impeachment, fui contra o PSDB ocupar ministérios, sempre fui. Não deveria ter entrado, indicando ministros — mas a maioria decidiu entrar”, explicou. Na véspera da apreciação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do pedido de prisão contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), Alckmin afirmou que o partido tem de aguardar a decisão da Justiça contra seu presidente com “confiança e serenidade” e voltou a dizer que o importante agora é a aprovação das reformas.
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Doria confuso
Em encontro com empresários nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, o prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), voltou a negar que pretende ser candidato à Presidência em 2018: “Não sou candidato a nada, sou candidato a ser o melhor prefeito de São Paulo”. E emendou: “Meu compromisso é fazer uma cidade melhor e um país melhor. Nisso só tem uma bandeira, e ela não é vermelha, é verde e amarela”. Embora tenha negado as intenções presidenciáveis, Doria aproveitou a agenda no Rio para criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamado pelo tucano de “sem-vergonha”, e afirmou que quer ser “querido pelo povo”. A jornalistas, João Doria disse que a decisão do PSDB de manter apoio ao governo do presidente Michel Temer após a delação-bomba do empresário Joesley Batista não é “irrevogável”. Apesar disso, ele entende que o partido deve esperar a decisão da Justiça. “Se houver uma situação que implique o presidente Temer em uma culpa flagrante, evidentemente que o PSDB deve reavaliar esse apoio”, afirmou.
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Cármen Lúcia: melhores condições carcerárias
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, fez palestra nesta segunda-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e defendeu melhores condições carcerárias. Segundo ela, a situação do sistema penitenciário brasileiro é “desoladora”. A ministra participou da conferência Brasil para a Paz e disse que é errada a expressão frequentemente repetida de que “a polícia prende, e a Justiça solta”. “Qualquer prisão é determinada por um juiz, e a soltura, igualmente. A responsabilidade pelo preso é nossa [ do Judiciário ]. Isso tem tudo a ver conosco. Temos que saber quem está preso, por que está preso, por quanto tempo está preso e em que condições está preso. Isso é um problema do Poder Judiciário, que, por muito tempo, não assumiu plenamente que ele precisa, tem de verificar essa situação”, disse a ministra. À frente do Conselho Nacional de Justiça e com experiência na Pastoral Carcerária, a ministra afirma que tem deparado com situações desumanas no sistema prisional.