Troca em Conselho de Ética preocupa deputados
As mudanças, realizadas em meio ao processo disciplinar contra Eduardo Cunha, não repercutiram bem entre os membros da Comissão
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2016 às 11h48.
Brasília - Repercutiu mal entre os membros do Conselho de Ética da Câmara a substituição do deputado Fausto Pinato (PP-SP) pela deputada Tia Eron (PRB-BA).
Os conselheiros avaliam que mudanças no colegiado durante o processo disciplinar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), causam desconforto e insegurança.
A cúpula do conselho diz que, caso haja tentativa de enterrar o processo no colegiado, haverá recurso direto ao plenário. O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), avisou que, ganhando ou perdendo, o processo vai ao plenário.
Araújo acredita que a troca de membros titulares aconteceu porque o PRB forçou a saída de Pinato e que "não foi à toa" a escolha de Tia Eron.
O parlamentar acredita que a deputada deve favorecer o peemedebista no processo. "Quero ver quem tem coragem de arquivar o processo neste conselho", declarou. Tia Eron ainda não se apresentou aos colegas de conselho.
O relator Marcos Rogério (DEM-RO) disse não ter ainda informação se Tia Eron é aliada ou não de Cunha, mas deixou claro sua insatisfação. "Qualquer mudança neste momento representa no mínimo uma insegurança", comentou.
A palavra final do processo, ressaltou Rogério, será do plenário. "O plenário é soberano", enfatizou.
Com Pinato no colegiado, o grupo contrário a Cunha tinha 11 dos 21 votos, mas agora o peemedebista pode ter conseguido mudar a tendência do grupo. Rogério disse que qualquer tentativa de mudança de resultado é "antiética e imoral".
O conselho se reúne na manhã desta quinta-feira, 14, em reunião administrativa. O relator informou que ouvirá as testemunhas da acusação até o dia 26. Já manifestaram interesse em colaborar com o colegiado o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, e o ex-dirigente da BR Distribuidora João Augusto Henriques.
As testemunhas devem ser ouvidas nos dias 25 e 26 deste mês. A partir do dia 27, o relator se dedicará à oitiva das testemunhas de defesa. O prazo para conclusão dos trabalhos está previsto para o dia 19 de maio.
Brasília - Repercutiu mal entre os membros do Conselho de Ética da Câmara a substituição do deputado Fausto Pinato (PP-SP) pela deputada Tia Eron (PRB-BA).
Os conselheiros avaliam que mudanças no colegiado durante o processo disciplinar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), causam desconforto e insegurança.
A cúpula do conselho diz que, caso haja tentativa de enterrar o processo no colegiado, haverá recurso direto ao plenário. O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), avisou que, ganhando ou perdendo, o processo vai ao plenário.
Araújo acredita que a troca de membros titulares aconteceu porque o PRB forçou a saída de Pinato e que "não foi à toa" a escolha de Tia Eron.
O parlamentar acredita que a deputada deve favorecer o peemedebista no processo. "Quero ver quem tem coragem de arquivar o processo neste conselho", declarou. Tia Eron ainda não se apresentou aos colegas de conselho.
O relator Marcos Rogério (DEM-RO) disse não ter ainda informação se Tia Eron é aliada ou não de Cunha, mas deixou claro sua insatisfação. "Qualquer mudança neste momento representa no mínimo uma insegurança", comentou.
A palavra final do processo, ressaltou Rogério, será do plenário. "O plenário é soberano", enfatizou.
Com Pinato no colegiado, o grupo contrário a Cunha tinha 11 dos 21 votos, mas agora o peemedebista pode ter conseguido mudar a tendência do grupo. Rogério disse que qualquer tentativa de mudança de resultado é "antiética e imoral".
O conselho se reúne na manhã desta quinta-feira, 14, em reunião administrativa. O relator informou que ouvirá as testemunhas da acusação até o dia 26. Já manifestaram interesse em colaborar com o colegiado o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, e o ex-dirigente da BR Distribuidora João Augusto Henriques.
As testemunhas devem ser ouvidas nos dias 25 e 26 deste mês. A partir do dia 27, o relator se dedicará à oitiva das testemunhas de defesa. O prazo para conclusão dos trabalhos está previsto para o dia 19 de maio.