Meirelles diz que não há "convite concreto" para Fazenda
Henrique Meirelles disse que não houve convite concreto" para assumir o Ministério da Fazenda, mas fez uma avaliação ampla sobre a situação do país
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 17h27.
Brasília - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira que não houve "convite concreto" para assumir o Ministério da Fazenda, mas fez uma avaliação ampla sobre a situação do país, em meio a rumores de que poderia substituir Joaquim Levy no comando da equipe econômica.
Durante evento em Brasília, Meirelles, atualmente presidente do Conselho de Administração da holding J&F, afirmou ser importante sinalizar o que será feito para garantir crescimento de longo prazo.
"Não há convite concreto (para ser ministro da Fazenda) e eu não comento especulações, não comento nenhum tipo de boato", afirmou Meirelles a jornalistas, ao ser questionado se iria assumir o lugar de Levy.
Cresceram nesta semana rumores de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada para tirar Levy e colocar Meirelles na Fazenda, a fim de tentar equacionar os problemas econômicos do país, que enfrenta recessão, inflação elevada e importantes desafios nas contas públicas.
Apesar de dizer que não iria dar declarações sobre os boatos a respeito de uma eventual indicação para a Fazenda, Meirelles comentou sobre sua relação com Dilma, classificando-a de "cordial", mesmo com "divergências e convergências".
Por ter um perfil técnico e político, Meirelles agradaria ao mercado financeiro e traria algum alento para os movimentos sociais que sustentam o PT, segundo fontes em Brasília ouvidas pela Reuters.
O ex-presidente do BC poderia negociar melhor com o Congresso Nacional, que vive verdadeiro pé de guerra com Dilma, e poupar os programas sociais do governo, com destaque para o Bolsa Família.
Ao participar nesta tarde do Encontro Nacional da Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Meirelles manteve a postura que tinha quando comandava o BC em aparições públicas, apontando problemas e indicando caminhos para solucioná-los.
Para ele, o Executivo tem poder de negociação com o Congresso, onde há possibilidade grande de influência, e também margem de manobra na área fiscal.
Para o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, ficou claro durante a fala de Meirelles no evento desta tarde que o ex-presidente do BC tem em vista ser o titular da Fazenda.
"Ele falou como ministro", afirmou Abucater, acrescentando que, em sua visão, Meirelles só aceitaria uma eventual nomeação para comandar a equipe econômica de Dilma se tiver "autonomia total".
No mercado financeiro local, o dólar fechou em queda ante o real, os juros futuros recuaram e a Bovespa teve valorização, com agentes econômicos reagindo bem à possibilidade de nomeação de Meirelles para a Fazenda.
Presente no mesmo evento, Levy afirmou que o Brasil está enfrentando problemas de curto prazo e que terá que enfrentar questões de longo prazo para voltar a crescer. Segundo ele, o país precisa resolver sua situação fiscal e criar novas ferramentas para o financiamento da economia.
Levy e Meirelles almoçaram na mesma mesa no evento, antes de falarem à plateia.
Brasília - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira que não houve "convite concreto" para assumir o Ministério da Fazenda, mas fez uma avaliação ampla sobre a situação do país, em meio a rumores de que poderia substituir Joaquim Levy no comando da equipe econômica.
Durante evento em Brasília, Meirelles, atualmente presidente do Conselho de Administração da holding J&F, afirmou ser importante sinalizar o que será feito para garantir crescimento de longo prazo.
"Não há convite concreto (para ser ministro da Fazenda) e eu não comento especulações, não comento nenhum tipo de boato", afirmou Meirelles a jornalistas, ao ser questionado se iria assumir o lugar de Levy.
Cresceram nesta semana rumores de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada para tirar Levy e colocar Meirelles na Fazenda, a fim de tentar equacionar os problemas econômicos do país, que enfrenta recessão, inflação elevada e importantes desafios nas contas públicas.
Apesar de dizer que não iria dar declarações sobre os boatos a respeito de uma eventual indicação para a Fazenda, Meirelles comentou sobre sua relação com Dilma, classificando-a de "cordial", mesmo com "divergências e convergências".
Por ter um perfil técnico e político, Meirelles agradaria ao mercado financeiro e traria algum alento para os movimentos sociais que sustentam o PT, segundo fontes em Brasília ouvidas pela Reuters.
O ex-presidente do BC poderia negociar melhor com o Congresso Nacional, que vive verdadeiro pé de guerra com Dilma, e poupar os programas sociais do governo, com destaque para o Bolsa Família.
Ao participar nesta tarde do Encontro Nacional da Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Meirelles manteve a postura que tinha quando comandava o BC em aparições públicas, apontando problemas e indicando caminhos para solucioná-los.
Para ele, o Executivo tem poder de negociação com o Congresso, onde há possibilidade grande de influência, e também margem de manobra na área fiscal.
Para o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, ficou claro durante a fala de Meirelles no evento desta tarde que o ex-presidente do BC tem em vista ser o titular da Fazenda.
"Ele falou como ministro", afirmou Abucater, acrescentando que, em sua visão, Meirelles só aceitaria uma eventual nomeação para comandar a equipe econômica de Dilma se tiver "autonomia total".
No mercado financeiro local, o dólar fechou em queda ante o real, os juros futuros recuaram e a Bovespa teve valorização, com agentes econômicos reagindo bem à possibilidade de nomeação de Meirelles para a Fazenda.
Presente no mesmo evento, Levy afirmou que o Brasil está enfrentando problemas de curto prazo e que terá que enfrentar questões de longo prazo para voltar a crescer. Segundo ele, o país precisa resolver sua situação fiscal e criar novas ferramentas para o financiamento da economia.
Levy e Meirelles almoçaram na mesma mesa no evento, antes de falarem à plateia.