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Medidas para coibir trotes violentos vão contar na avaliação de universidades

MP quer reduzir número de casos

Jovens estudantes em universidade
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2011 às 16h27.

Brasília – Por sugestão do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP), as instituições de ensino superior poderão ganhar pontos nas avaliações do Ministério da Educação (MEC) caso invistam em ações para coibir o trote estudantil. A mudança é resultado de um trabalho do MPF para tentar reduzir o número de casos de trotes violentos que se repetem no início de cada semestre em diferentes universidades do país.

A Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) deu reposta positiva à sugestão do MPF para que as medidas de prevenção ao trote sejam incluídas como quesito no processo de avaliação. Como os instrumentos estão sendo reformulados, a comissão irá incluir a temática e a mudança pode começar a valer já em 2012.

“Estudando uma série de casos práticos, percebemos que muitos ocorrem em razão da verdadeira omissão da universidade que não se preocupa se o aluno vai ser lesionado ou não, a única preocupação é que o trote seja feito fora da universidade”, aponta o procurador da República Thiago Nobre. Desde 2008, ele tem trabalhado em vários casos de trotes abusivos na região de São Paulo e defende que uma atuação mais forte da instituição de ensino é determinante para prevenir a prática.

O presidente da Conaes, Sérgio Franco, explica que a avaliação vai além de aspectos como a titulação do corpo docente e a infraestrutura da instituição, mas analisa também como a universidade se relaciona com a comunidade acadêmica. “Foi analisado que, por esse motivo, cabe sim incluir uma análise sobre a atitude da instituição em relação ao problema. Não é um aspecto central na avaliação, mas é importante para ver como ela promove aquilo que ultrapassa a transmissão de conhecimento, que é a formação educacional e a transmissão de valores”, diz Franco.


Além das medidas preventivas, a punição dos agressores não pode ser esquecida, na avaliação do procurador. Um dos pontos de acordos firmados pelo MPF com faculdades onde há casos de trotes abusivos é que sejam adotadas medidas administrativas contra os estudantes que humilharam ou agrediram os colegas em trotes, chegando até a expulsão.

A faculdade deve, ao final de cada semestre, reunir os veteranos e explicar quais medidas eles podem sofrer se aplicarem trote nos calouros que estão entrando. E, no ato da matrícula, reunir os calouros e dizer que eles não são obrigados a se submeter a trote nenhum, e criar um canal para que ele possa comunicar isso”, destaca o procurador.

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A Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) deu reposta positiva à sugestão do MPF para que as medidas de prevenção ao trote sejam incluídas como quesito no processo de avaliação. Como os instrumentos estão sendo reformulados, a comissão irá incluir a temática e a mudança pode começar a valer já em 2012.

“Estudando uma série de casos práticos, percebemos que muitos ocorrem em razão da verdadeira omissão da universidade que não se preocupa se o aluno vai ser lesionado ou não, a única preocupação é que o trote seja feito fora da universidade”, aponta o procurador da República Thiago Nobre. Desde 2008, ele tem trabalhado em vários casos de trotes abusivos na região de São Paulo e defende que uma atuação mais forte da instituição de ensino é determinante para prevenir a prática.

O presidente da Conaes, Sérgio Franco, explica que a avaliação vai além de aspectos como a titulação do corpo docente e a infraestrutura da instituição, mas analisa também como a universidade se relaciona com a comunidade acadêmica. “Foi analisado que, por esse motivo, cabe sim incluir uma análise sobre a atitude da instituição em relação ao problema. Não é um aspecto central na avaliação, mas é importante para ver como ela promove aquilo que ultrapassa a transmissão de conhecimento, que é a formação educacional e a transmissão de valores”, diz Franco.


Além das medidas preventivas, a punição dos agressores não pode ser esquecida, na avaliação do procurador. Um dos pontos de acordos firmados pelo MPF com faculdades onde há casos de trotes abusivos é que sejam adotadas medidas administrativas contra os estudantes que humilharam ou agrediram os colegas em trotes, chegando até a expulsão.

A faculdade deve, ao final de cada semestre, reunir os veteranos e explicar quais medidas eles podem sofrer se aplicarem trote nos calouros que estão entrando. E, no ato da matrícula, reunir os calouros e dizer que eles não são obrigados a se submeter a trote nenhum, e criar um canal para que ele possa comunicar isso”, destaca o procurador.

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