'Maria do Pó' passa a ser mulher mais procurada de SP
Após prisão de ex-repórter, única mulher na lista de mais procurados é Sonia Aparecida Rossi, a "Maria do Pó"; ela é acusada de tráfico de drogas
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de julho de 2017 às 17h01.
São Paulo - Após a prisão da jornalista e advogada Luana de Almeida Domingos, de 32 anos, - conhecida como Luana Don, uma das criminosas mais procuradas do Estado de São Paulo -, nesta semana, a única mulher que ainda está na lista dos procurados pela Justiça é Sonia Aparecida Rossi, a "Maria do Pó". Ela tem 56 anos e é acusada de tráfico de drogas.
Outras cinco mulheres que também estavam na lista da Polícia Civil já foram capturadas. A busca por "Maria do Pó" já soma 11 anos, quando fugiu da Penitenciária Feminina de Santana. A recompensa para quem der informações sobre o paradeiro dela é de R$ 5 mil.
Presa na terça-feira, 4, Luana Don é acusada de integrar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo responsável por transmitir as ordens dadas pela cúpula da organização criminosa nos presídios.
A prisão foi feita por agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio da Polícia Civil de São Paulo. Luana foi encontrada em Ilhabela, cidade do litoral norte de São Paulo, escondida na casa de uma prima. Havia uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levassem ao seu paradeiro.
De acordo com o delegado Fabrício Oliveira, da Desarme, a polícia desconfiou que Luana estaria perto do Rio de Janeiro por já ter morado na cidade, além de ter um namorado que mora na região de São Conrado, na zona sul da capital fluminense. Oliveira ressaltou a crescente proximidade do PCC com facções cariocas.
"Ela participava de uma célula formada por advogados que tinham a função de repassar ordens dadas por chefes do PCC que estão presos. Essa organização está bem próxima de facções cariocas, oferecendo apoio logístico. Eles também atuam na fronteira no Brasil, de onde chegam muitas armas e drogas para o Rio", afirmou.
Luana ganhou notoriedade por ter sido repórter de uma emissora de televisão, entre os anos 2012 e 2015, e também por conta de trabalhos publicitários e fotos publicadas em redes sociais. Ela possui mandado de prisão preventiva pelos crimes de corrupção ativa e por integrar organização criminosa.