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Marcos Valério nega autoria de lista que cita Gilmar Mendes

A lista relaciona supostos repasses de recursos de caixa 2 da campanha à reeleição, em 1998, do então governador de Minas e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB)

O ministro do STF, Gilmar Mendes: a lista que cita o ministro foi divulgada pela revista Carta Capital no fim de julho, dias antes do início do julgamento do mensalão pelo STF (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 08h56.

Belo Horizonte - O empresário Marcos Valério negou em depoimento ao Ministério Público de Minas Gerais a autoria de uma lista que relaciona supostos repasses de recursos que seriam provenientes de caixa 2 da campanha à reeleição, em 1998, do então governador de Minas e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB). Na lista apareciam como beneficiários nomes de políticos - principalmente tucanos - e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

O nome de Mendes aparece no documento relacionado à sigla AGU, referência à Advocacia-Geral da União, órgão que ele chefiou durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ministro é apontado na lista como beneficiário de um suposto repasse de R$ 185 mil.

A lista foi divulgada pela revista Carta Capital no fim de julho, dias antes do início do julgamento do mensalão pelo STF. Na contabilidade constava uma assinatura atribuída ao empresário mineiro e registro em cartório no ano de 2007. Valério, por meio de seu advogado, já havia afirmado que o documento era falso.

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, responsável pela acusação do chamado mensalão mineiro - suposto esquema de financiamento ilegal da campanha de Azeredo à reeleição em 1998 -, abriu um procedimento para apurar a autenticidade do documento. Foi solicitada uma perícia no material, mas a tendência é que o procedimento seja arquivado. Convocado, Valério prestou depoimento na semana passada.

"Essa lista é um negócio falsificado. Ele (Valério) disse (no depoimento) que não reconhecia aquele documento, que tinha características de uma falsificação, como outras feitas por esse cidadão", afirmou Marcelo Leonardo, advogado de Valério. "O próprio Ministério Público não deu muita importância a isso não,", acrescentou o advogado.

De acordo com o promotor João Medeiros, a lista de autenticidade não comprovada em nada muda a convicção do Ministério Público Estadual de que houve desvio de recursos públicos de estatais mineiras para financiar ilegalmente a campanha de Eduardo Azeredo em 1998.

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O nome de Mendes aparece no documento relacionado à sigla AGU, referência à Advocacia-Geral da União, órgão que ele chefiou durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ministro é apontado na lista como beneficiário de um suposto repasse de R$ 185 mil.

A lista foi divulgada pela revista Carta Capital no fim de julho, dias antes do início do julgamento do mensalão pelo STF. Na contabilidade constava uma assinatura atribuída ao empresário mineiro e registro em cartório no ano de 2007. Valério, por meio de seu advogado, já havia afirmado que o documento era falso.

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, responsável pela acusação do chamado mensalão mineiro - suposto esquema de financiamento ilegal da campanha de Azeredo à reeleição em 1998 -, abriu um procedimento para apurar a autenticidade do documento. Foi solicitada uma perícia no material, mas a tendência é que o procedimento seja arquivado. Convocado, Valério prestou depoimento na semana passada.

"Essa lista é um negócio falsificado. Ele (Valério) disse (no depoimento) que não reconhecia aquele documento, que tinha características de uma falsificação, como outras feitas por esse cidadão", afirmou Marcelo Leonardo, advogado de Valério. "O próprio Ministério Público não deu muita importância a isso não,", acrescentou o advogado.

De acordo com o promotor João Medeiros, a lista de autenticidade não comprovada em nada muda a convicção do Ministério Público Estadual de que houve desvio de recursos públicos de estatais mineiras para financiar ilegalmente a campanha de Eduardo Azeredo em 1998.

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