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Marco Aurélio vê com bons olhos Segurança Pública no Ministério da Justiça

Ministro do STF elogia Sérgio Moro e disse ser "muito bom" que a pasta tenha maiores atribuições do que atualmente

Marco Aurélio Mello: ministro disse desejar sucesso a Moro na futura função (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 16h35.

Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello elogiou nesta quinta-feira, em entrevista à Reuters, a escolha do juiz federal Sérgio Moro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, e disse que vê com bons olhos que a pasta tenha maiores atribuições do que atualmente.

"(O Ministério da Justiça) se dividiu, se tirou a segurança, parece que agora o futuro presidente Bolsonaro vai agrupar, o que, sob os meus olhos, é muito bom", disse Marco Aurélio à Reuters.

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Com a criação do Ministério da Segurança Pública pelo presidente Michel Temer, a área deixou de integrar a pasta da Justiça. Agora, sob Bolsonaro, o ministério volta a englobar Segurança Pública e deve incorporar ainda o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União.

Perguntado se no futuro Moro poderia ser uma opção para a vaga a ser aberta no STF com a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello em 2020, Marco Aurélio avaliou que sim.

"É um grande quadro para o Supremo sem dúvida alguma pela trajetória, pelos serviços que prestou à pátria até aqui", afirmou.

Marco Aurélio disse desejar sucesso a Moro na futura função, e que respeita a decisão do juiz de abrir mão da magistratura. "Faço votos que ele tenha pleno sucesso no cargo no Executivo", afirmou. "Vamos torcer pelo Brasil, porque agora só temos o Brasil, já ultrapassamos o antagonismo das eleições".

Questionado sobre a decisão de Moro de deixar a magistratura para um cargo de ministro de governo em que é demissível, Marco Aurélio respondeu que, no seu caso pessoal, só sairá do Supremo "na undécima hora".

"Isso aí cada qual define a sua vida. Eu, por exemplo, só me vejo saindo do Supremo na undécima hora com o cartão vermelho, 'vai para casa!'. Aí eu irei para casa", disse.

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