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Manifestantes mantêm protesto no Rio mesmo sem votações na Alerj

Efetivo de policiais em torno da Alerj já é o maior visto desde o início dos protestos, mesmo com poucos manifestantes

Alerj: policiais estão revistando manifestantes que chegam para o protesto no Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 12h13.

Rio - A presença de servidores do Estado no entorno da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) ainda é pequena na manhã desta segunda-feira, 12, mas o aparato policial destacado para acompanhar a manifestação do funcionalismo é o maior já visto, desde que começaram os protestos contra o pacote de medidas anticrise do governo do Rio. O texto começou a ser discutido na Casa há cerca de um mês.

Foram montadas quatro barreiras de cerca de 50 policiais militares cada para isolar o trecho da Avenida Presidente Antonio Carlos, em frente à Alerj: uma na Rua da Assembleia, uma junto à Praça XV, uma próxima ao Tribunal Justiça do Rio e outra na Rua São José.

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Os policiais portam escudos e chegaram antes mesmo do servidores. Eles também revistam bolsas e mochilas de manifestantes para verificar se portam material explosivo.

Foram destacados policiais no entorno da Igreja de São José, da qual na última terça-feira, dia 6, policiais atiraram balas de borracha nos manifestantes. O confronto durou cinco horas e se estendeu pelas ruas do centro.

Alguma lojas instalaram tapumes em suas fachadas para evitar depredações, como foi feito nas manifestações de 2013 e nos dias de carnaval de rua, no centro. Outras lojas optaram por fechar as portas.

A mobilização deve crescer ao longo do dia. "Estão vindo caravanas de municípios do Rio e de bairros da capital. Tem gente com medo do confronto. A guerra não é boa para ninguém, só para o governo que quer nos desmobilizar", disse o subtenente dos bombeiros, Valdelei Duarte, diretor do movimento SOS Bombeiros. Outra categoria que já está na concentração é a da educação.

Não há votações previstas para esta segunda-feira na Alerj. O presidente da Casa Jorge Picciani (PMDB) alterou o calendário de votações na sexta-feira, 9, alegando haver necessidade de mais tempo para que as propostas do pacote fossem negociadas.

Ainda sim, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (MUSPE), informou, tão logo foi tomada a decisão, que não trocaria a data do protesto de hoje, anunciado como o maior de todos, desde o começo de novembro.

Nesta terça-feira, 13, será votado o projeto que aumenta o ICMS sobre produtos como bebidas e gasolina. Na quarta-feira, é que serão as votações que mais preocupam os servidores, como a que aumenta a contribuição previdenciária de ativos, inativos e pensionistas de 11% para 14% e a que congela salários até 2020.

O pacote enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) tem como objetivo tirar o Rio da crise fiscal. O déficit atual, segundo o governo, é de R$ 17,5 bilhões.

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