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Maluf diz que esteve com Temer como "amigo há mais de 30 anos"

O deputado federal, que foi recebido por Temer ontem (27) e hoje, afirmou ter certeza de que a segunda denúncia contra o "amigo" não tem fundamento

Paulo Maluf: "A gente se dá bem há 30 anos e o que eu sei é que ele quer o bem do país" (Cristiano Mariz/Veja/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 18h01.

Brasília - O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que foi recebido ontem e hoje pelo presidente Michel Temer , disse que os encontros foram "entre dois amigos" e que não houve uma pauta específica.

"Sou amigo do presidente há mais de 30 anos, a gente se dá bem há 30 anos e o que eu sei é que ele quer o bem do País", disse à reportagem.

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Maluf disse que não caberia a ele comentar o conteúdo das conversas com o presidente, mas afirmou, no entanto, ter certeza de que a denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa contra Temer "não tem fundamento".

"É uma denúncia vazia, crime seria se ela seguisse adiante", declarou.

O deputado criticou a postura do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que "querem parar o País com mentiras e fofocas".

"O Dr. Janot deveria saber que fatos anteriores ao mandato não poderiam ser colocados em uma denúncia contra o presidente. Ele não poderia ter feito o que fez", afirmou.

Maluf, que almoçou com o presidente e com um grupo de parlamentares, incluindo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), garantiu que o presidente não fez comentários sobre o tema.

"Mas da minha boca eu posso dizer, repito: é uma denúncia vazia, sem fundamento".

O deputado disse ainda que o único comentário que podia fazer sobre o presidente é que Temer é "afável, tranquilo e patriota". "Ele está interessado em acertar a economia do País", declarou.

Julgamento

Ontem, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento de um recurso da defesa de Maluf contra a condenação que lhe foi imposta pelo colegiado em maio.

O deputado paulista foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado e à perda do mandato na Câmara.

Ele é acusado de lavagem de dinheiro em movimentações bancárias de US$ 15 milhões entre 1998 e 2006 em contas na Ilha de Jersey, paraíso fiscal localizado no Canal da Mancha.

Após o relator ministro Edson Fachin votar pela rejeição dos embargos declaratórios (nome do tipo do recurso), o ministro Marco Aurélio Mello pediu vista - tempo para análise.

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