Maia tentará instalar CCJ na próxima terça-feira para agilizar Previdência
Câmara tem prazo de cinco sessões para emitir parecer sobre a proposta, que depois passa por comissão especial para só então ser votada no plenário da Casa
Reuters
Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 19h56.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 09h19.
Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira, dia em que o presidente Jair Bolsonaro levou pessoalmente o texto da reforma da Previdência ao Congresso , que tentará instalar já na próxima terça-feira a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, a primeira por onde a proposta tramitará.
Mais cedo, o líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), afirmou que Maia teria comentado que definiria a composição das comissões na próxima terça para instalá-las na semana após o Carnaval. A formalização da CCJ, no entanto, será anterior à das demais, segundo declaração mais recente de Maia.
"Eu vou certamente determinar que a Câmara, na próxima terça, instale pelo menos a Comissão de Constituição e Justiça, para que a gente possa começar o trabalho na Comissão de Constituição e Justiça ainda na próxima semana, para que possa começar a contar o prazo. Tudo com calma, mas respeitando regimento", disse o presidente da Casa a jornalistas.
Uma vez que a PEC chegue na comissão, a CCJ terá um prazo de cinco sessões para emitir um parecer sobre sua admissibilidade e devolver a proposta à Mesa. Depois, a PEC precisa ter seu mérito analisado por uma comissão especial, formada especificamente para a proposta, que terá um prazo de 40 sessões, a partir de sua constituição, para proferir parecer.
"E assim que a matéria termine sua tramitação da admissibilidade da Comissão de Constituição e Justiça, a gente possa criar a comissão especial e começar o debate, a discussão, e, como eu disse, que a gente possa terminar o primeiro semestre com a matéria discutida com a sociedade", afirmou o presidente.
Maia disse acreditar que é possível criar um ambiente favorável à aprovação da proposta, e lembrou que governadores de partidos que não apoiam o governo seriam beneficiados com a aprovação da reforma. Para o presidente da Câmara, a ida de Bolsonaro ao Congresso ajuda a "começar a organizar" esse ambiente, de forma a construir uma "maioria, independentemente de partido".