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Maia nega que reforma da Previdência ficará para o 2º semestre

A afirmação do presidente da Câmara se contrapõe a ideia defendida pela base aliada, que acredita ser arriscado pautar a reforma neste momento

Rodrigo Maia: ele rejeitou também a possibilidade da base aliada aprovar apenas mudanças pontuais da reforma (Agência Brasil/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2017 às 13h25.

Última atualização em 6 de junho de 2017 às 13h27.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta terça-feira, 6, que a votação da reforma da Previdência vá ficar apenas para o segundo semestre.

Questionado por jornalistas sobre como ficará o calendário de votações, diante do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maia afirmou que "de jeito nenhum" o tema será analisado apenas depois de agosto.

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"Vamos organizar o calendário. Ela (a reforma da Previdência) é urgente. Precisa ser votada, vamos organizar da melhor forma possível. Não votar significa abrir mão de uma responsabilidade que não é apenas do Executivo", afirmou Maia.

Como mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira, 5, diante da forte turbulência política causada pela delação da JBS, líderes de partidos da base aliada e interlocutores do governo na Câmara defendem que a reforma da Previdência só comece a ser votada no plenário da Casa em agosto, após o recesso parlamentar.

A avaliação é de que, pela impopularidade da matéria, seria um risco pautá-la agora, em meio à instabilidade que vive o governo Michel Temer, após o presidente ser pessoalmente atingido pela delação.

A opinião dos líderes é mais pessimista do que a do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que defende aprovação da proposta antes do recesso.

Em teleconferência na segunda com investidores, Meirelles disse esperar aprovar a reforma em junho ou julho deste ano, "no máximo em agosto". Segundo ele, a aprovação da matéria até agosto não traz problemas fiscais.

Maia rejeitou também a possibilidade da base aliada aprovar apenas mudanças pontuais da reforma, como uma alteração na idade mínima. "O Plenário é soberano para decidir, mas eu defendo que seja um texto na linha do que foi aprovado na comissão."

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