Maia critica declaração de Meirelles sobre candidatura de Alckmin
Para o ministro da Fazenda, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não vai ser o candidato do governo à Presidência no ano que vem
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 17h07.
São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM),criticou as declarações dadas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , para quem o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não vai ser o candidato do governo à Presidência no ano que vem.
Segundo Maia, os comentários só tumultuam as negociações em torno da reforma da Previdência, que os governistas querem tentar colocar para votação ainda este ano.
"Com todo o respeito ao ministro Meirelles, esse embate nesse momento não colabora, só atrapalha. O PSDB é um partido importante, nos ajuda. Acho que não se deve tratar de forma desrespeitosa ninguém, principalmente partidos com convergência ideológica com a gente", disse Maia. "Sem o PSDB, não temos nenhuma condição de aprovar a reforma da Previdência. Então, se está se trabalhando para excluir o PSDB, significa estar trabalhando contra a reforma."
Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo,Meirelles afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não será o candidato do governo em 2018, uma vez que os tucanos sinalizam que não vão seguir apoiando Temer. Meirelles também disse que vai decidir sobre a sua própria candidatura à presidência no final de março.
Maia afirmou que o momento é de deixar as conversas sobre eleições para 2018, uma vez que qualquer tentativa de abordar o assunto agora "mais atrapalha que ajuda". Ele ainda rejeitou a ideia de que, no momento, esteja buscando também viabilizar-se ao posto. "É claro que eu sonho (com a presidência)", disse ao ser questionado pelos jornalistas.
"Mas esse não é o momento. Hoje eu não tenho votos para me eleger governador no meu Estado, muito menos presidente do Brasil", avaliou o parlamentar. "Então, apesar de algumas pessoas colocarem o meu nome, acho que na Câmara eu ajudo muito o Rio de Janeiro e o Brasil. Hoje, sou candidato à reeleição na Câmara."