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Lula x Moro mantido; Bumlai fala…

Depoimento mantido O juiz federal Nivaldo Brunoni, que substitui o relator da Operação Lava-Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto, indeferiu nesta terça-feira o pedido liminar da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender uma das ações penais a que ele responde na Justiça Federal do […]

LULA X MORO: depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro está mantido para esta quarta-feira 10 / Igo Estrela/PMDB e Adriano Machado/Reuters (Igo Estrela/PMDB e Adriano Machado//Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2017 às 18h40.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h15.

Depoimento mantido
O juiz federal Nivaldo Brunoni, que substitui o relator da Operação Lava-Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto, indeferiu nesta terça-feira o pedido liminar da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender uma das ações penais a que ele responde na Justiça Federal do Paraná e, assim, adiar o depoimento do petista ao juiz Sergio Moro, marcado para as 14 horas desta quarta. Nesse processo, o petista é acusado de receber 3,7 milhões de reais da OAS por meio da reserva e da reforma de um tríplex no Guarujá (SP), dinheiro que teria origem em contratos da empreiteira com a Petrobras. O pedido foi feito pelos advogados do petista ontem. A defesa alegava ao tribunal, sediado em Porto Alegre, que não dispunha de tempo suficiente para analisar o conteúdo de uma “supermídia” com 5,42 gigabytes de documentos que a Petrobras anexou aos autos — estima-se que o arquivo tenha 100.000 páginas.

Multidão em Curitiba
O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita, e o superintendente da Polícia Federal no estado, Rosalvo Ferreira Franco, detalharam na tarde desta terça-feira 9 o esquema de segurança no entorno do prédio da Justiça Federal, onde o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato, ouvirá pela primeira vez o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como réu nesta quarta-feira 10. O acesso ao fórum ficará fechado num raio de 150 metros. O secretário de Segurança do estado afirmou à imprensa que espera que as manifestações sejam pacíficas, apesar da grande mobilização prevista de apoiadores do ex-presidente e de entusiastas da Lava-Jato. São esperadas cerca de 50.000 pessoas nesta quarta-feira em Curitiba para manifestações em apoio a Lula. Acampamentos montados por movimentos sociais são monitorados pela polícia.

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Bumlai fala
O pecuarista José Carlos Bumlai prestou depoimento hoje ao juiz federal Sergio Moro. Entre as declarações que deu, afirmou que a ideia de uma nova sede para o Instituto Lula foi da mulher do ex-presidente, Marisa Letícia. “A ideia surgiu de uma conversa com dona Marisa. Eu não sabia como solucionava isso aí, a não ser o que tinha sido feito pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso. Que dez empresários participassem do processo e levantassem o Instituto Lula, onde guardariam os presentes, uma espécie de museu. Eu não tinha a menor condição de arrumar dez empresários em São Paulo nem liberdade para chegar e expor”, disse. Ele afirmou que o único que tinha liberdade de conversar era Marcelo Odebrecht, e foi o que ele fez. No final das contas, o Instituto foi construído em outro local.

Destaques da reforma
Ocorreu durante o esta terça-feira a votação dos destaques da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara que analisa a proposta. Entre o que foi apreciado, a comissão rejeitou o destaque que previa a retirada do artigo que cria uma contribuição individual do trabalhador rural familiar. Esses trabalhadores teriam, então, de contribuir para o INSS com 5% do salário mínimo. Os parlamentares também decidiram que a inclusão de agentes penitenciários na regra especial para a aposentadoria de policiais só será discutida quando a proposta for ao plenário da Casa. Durante a tarde, agentes tentaram sem sucesso invadir o local onde a sessão acontecia. Na semana passada, a votação foi interrompida porque os agentes conseguiram realizar a invasão.

Huck quer samba
Cogitado até pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como um dos novos nomes da política, o apresentador Luciano Huck vem se movimentando nos bastidores. Ao que parece, uma de suas estratégias é ser tema de enredo de Carnaval no Rio em 2018, ano da eleição. Huck procurou pelo menos duas escolas. No Salgueiro, um emissário do apresentador chegou a oferecer 6 milhões de reais para que ele fosse homenageado na avenida. A vermelho-e-branco ficou com medo das críticas políticas e não aceitou. Na Mangueira, o assunto não foi para a frente porque o carnavalesco Leandro Vieira vetou. Em resposta, Huck disse que não procurou as escolas de samba, mas, sim, foi procurado por um compositor, que falou para as agremiações sem sua autorização. As informações são da coluna Radar, da revista VEJA.

Quer anulação
Em suas alegações finais encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que o marqueteiro João Santana e sua mulher, a empresária Mônica Moura, apresentaram “afirmações falsas” à Corte Eleitoral e pediu que os seus depoimentos sejam desconsiderados no âmbito da ação que apura se a chapa de Dilma e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014. Responsável pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014, João Santana disse que Dilma “infelizmente” sabia do uso de caixa dois em sua campanha de 2014. A defesa da ex-presidente diz que a afirmação é mentirosa e pediu que “não apenas sejam desconsiderados tais depoimentos como meio de prova no presente processo, mas também sejam expedidos ofícios tanto ao Ministério Público Federal como ao eminente ministro Edson Fachin (STF) para adoção de medidas atinentes à prática de crime de falso testemunho, bem como para perda dos benefícios do regime de colaboração premiada”, diz a defesa da petista.

Comendo fora
O empresário Eike Batista foi flagrado comendo em um restaurante em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele está em prisão domiciliar depois de ter sido libertado por decisão do ministro Gilmar Mendes e, por isso, não poderia sair de casa. O descumprimento da medida pode acarretar a volta à prisão. Eike é acusado de participar do esquema de desvio de dinheiro público liderado pelo ex-governador do estado Sergio Cabral.

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