Lula evita comentar rebelião do grupo Wagner na Rússia e diz que Putin e Ucrânia não querem paz
Lula foi questionado por três jornalistas diferentes, do Brasil e da França, sobre a situação na Rússia. Mas ressaltou que ainda não tinha as informações necessárias para emitir uma opinião
Redação Exame
Publicado em 24 de junho de 2023 às 09h39.
Última atualização em 24 de junho de 2023 às 09h41.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou responder perguntas de jornalistas sobre o levante militar promovido pelo grupo paramilitar Wagner contra as Forças Armadas do governo de Vladimir Putin.Durante entrevista coletiva, em Paris, o líder brasileiro afirmou que ainda vai buscar informações sobre a "chamada rebelião".
Lula foi questionado por três jornalistas diferentes, do Brasil e da França, sobre a situação na Rússia. Mas ressaltou que ainda não tinha as informações necessárias para emitir uma opinião.
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"Seria chutar de forma precipitada. Prefiro não falar", afirmou o presidente. "Vou conversar com muita gente sobre essa chamada rebelião", garantiu.
Lula afirmou ser precipitado emitir um "juízo de valores" sobre o motim armado. No entanto, ele lamentou que russos e ucranianos dispensem conversas de paz, no momento, por acharem que podem sair vitoriosos do conflito.
"Eu sou contra a guerra. Quero paz. Condenamos invasão. Mas isso não implica que eu ou ficar fomentando a guerra. Por enquanto, eles não querem sentar para discutir, por achar que podem ganhar", ressaltou o presidente brasileiro, que ainda alfinetou o governo do presidente americano, Joe Biden. "Tem muita gente brigando pela paz. Espero que logo os Estados Unidos queiram encontrar a paz. Vai ser mais fácil".
O que está acontecendo na Rússia?
O grupo paramilitar Wagner , que até então era aliado doKremlin na guerra da Ucrânia, convocou uma rebelião armada para derrubar o governo Putin.
O desentendimento entre o governo da Rússia e os mercenários ganhou grandes proporções depois que o líder do grupo, Yevgeny Prigojin, acusou o exército de bombardear suas bases próximas à linha de frente da guerra da Ucrânia. Veja o que se sabe até agora sobre o conflito entre a Rússia e o grupo Wagner.