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Lula anunciará Paulo Pimenta como ministro para reconstrução do Rio Grande do Sul

Com a saída de Pimenta da Secretaria de Comunicação Social, a pasta passará a ser comandada por Laércio Portela

Precatórios: aumento percentual foi de 41,3% em relação ao acumulado de 2021, quando as dívidas somaram R$ 101 bilhões (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 14 de maio de 2024 às 21h44.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará nesta quarta-feira, 15, a criação de uma secretária especial, com status de Ministério, para comandar o processo de reconstrução do Rio Grande do Sul, afirmaram à EXAME técnicos do governo. Lula fará o anúncio em visita ao estado atingido por fortes chuvas e inundações. Paulo Pimenta, atual ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), assumirá o posto.

Com a mudança, o chefe da Secom passará a ser Laércio Portela, que foi secretário-adjunto de Imprensa da Secom no governo Dilma Rousseff.

O governo cogitou criar uma autoridade pública, nos moldes da Autoridade Pública Olímpica, mas preferiu dar status de Ministério ao órgão. Pimenta, que tem pretensões de ser candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2026, tem proximidade com Lula e quer se cacifar para a próxima disputa eleitoral.

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Mudanças na comunicação do governo

A mudança também ajuda o presidente da República no processo de mudanças que pretende realizar na Secom. Como mostrou a EXAME, Lula tem se queixado dos problemas de comunicação do seu governo.Acomunicação do governodispõe de um orçamento milionário, mas apesar da abundância de recursos, a avaliação é de que o marketing governista é ultrapassado, nos mesmos moldes das gestões anteriores, com linguagem ideológica.

Sem peças e campanhas publicitárias modernas, a gestão petista tem perdido a batalha nas redes sociais, não se comunica com a classe média, com eleitores mais jovens, evangélicos e com o agronegócio, na opinião desses interlocutores.

A polarização com o bolsonarismo provocou uma ruptura de Lula com líderes evangélicos e do agronegócio. Mesmo que faça acenos para esses públicos, alguns aliados do presidente da República avaliam que uma reaproximação não deve ocorrer.

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