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Após reunião, Levy não comenta se pediu demissão

Ao ser questionado se escreveu uma carta de demissão, o ministro da Fazenda, que estaria irritado com críticas e falta de apoio político, permaneceu calado

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: ministro chegou há pouco na sede do Ministério de Fazenda após participar de reunião com a presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 19h12.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , não comentou nesta sexta-feira se escreveu uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff , mas nos bastidores é evidente sua irritação com as intensas críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e falta de apoio político para aprovar medidas fiscais que considera imprescindíveis.

O ministro chegou no final da tarde desta sexta-feira à sede do Ministério de Fazenda após participar de reunião com a presidente Dilma, no Palácio da Alvorada. Levy foi cercado por vários jornalistas, que o questionaram sobre sua eventual saída do governo, após a coluna Radar da revista Veja informar, em seu site, que o ministro teria preparado uma carta de demissão. Levy permaneceu calado.

Mais tarde, a mesma coluna informou que o ministro não entregou a carta que teria escrito à presidente.

Segundo uma fonte do governo, que pediu anonimato, Levy está bastante irritado com as críticas de Lula e do PT, de que sua política econômica é muito ortodoxa e focada na questão fiscal, sem um discurso mais positivo.

"Ele (Levy) está contrariado com as declarações do presidente Lula, mas não falou em pedir demissão", afirmou a fonte do governo, que disse ter conversado com o ministro nesta sexta-feira.

Levy também tem enfrentado algumas derrotas no Congresso, com dificuldades para aprovar medidas de ajustes fiscais para tentar colocar as contas do governo em ordem. Na véspera, ele sofreu outro revés, após o relator da proposta Orçamentária para 2016, deputado Federal Ricardo Barros (PP-PR), dizer que não vai mais considerar em seu texto a recriação da CPMF.

A volta do imposto é uma das principais defesas de Levy para administrar as contas públicas, e tem investido muito tempo para tentar convencer os parlamentares a aprovarem a recriação do antigo imposto do cheque, que tem potencial para arrecadar 32 bilhões de reais.

Na quarta-feira, o ministro passou horas em sessão plenária da Câmara dos Deputados debatendo o assunto, ouvindo sobretudo da oposição que não teria o apoio para isso.

Texto atualizado às 18h40

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Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , não comentou nesta sexta-feira se escreveu uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff , mas nos bastidores é evidente sua irritação com as intensas críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e falta de apoio político para aprovar medidas fiscais que considera imprescindíveis.

O ministro chegou no final da tarde desta sexta-feira à sede do Ministério de Fazenda após participar de reunião com a presidente Dilma, no Palácio da Alvorada. Levy foi cercado por vários jornalistas, que o questionaram sobre sua eventual saída do governo, após a coluna Radar da revista Veja informar, em seu site, que o ministro teria preparado uma carta de demissão. Levy permaneceu calado.

Mais tarde, a mesma coluna informou que o ministro não entregou a carta que teria escrito à presidente.

Segundo uma fonte do governo, que pediu anonimato, Levy está bastante irritado com as críticas de Lula e do PT, de que sua política econômica é muito ortodoxa e focada na questão fiscal, sem um discurso mais positivo.

"Ele (Levy) está contrariado com as declarações do presidente Lula, mas não falou em pedir demissão", afirmou a fonte do governo, que disse ter conversado com o ministro nesta sexta-feira.

Levy também tem enfrentado algumas derrotas no Congresso, com dificuldades para aprovar medidas de ajustes fiscais para tentar colocar as contas do governo em ordem. Na véspera, ele sofreu outro revés, após o relator da proposta Orçamentária para 2016, deputado Federal Ricardo Barros (PP-PR), dizer que não vai mais considerar em seu texto a recriação da CPMF.

A volta do imposto é uma das principais defesas de Levy para administrar as contas públicas, e tem investido muito tempo para tentar convencer os parlamentares a aprovarem a recriação do antigo imposto do cheque, que tem potencial para arrecadar 32 bilhões de reais.

Na quarta-feira, o ministro passou horas em sessão plenária da Câmara dos Deputados debatendo o assunto, ouvindo sobretudo da oposição que não teria o apoio para isso.

Texto atualizado às 18h40

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