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Lava Jato pede suspeição de Gilmar em ações contra Aloysio e Paulo Preto

Segundo procuradores, Aloysio Nunes atuou em interesse próprio junto ao ministro Gilmar Mendes

Lava Jato pediu que Gilmar Mendes não atue mais em ações contra Paulo Vieira de Souza e Aloysio Nunes (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de março de 2019 às 23h00.

Última atualização em 7 de março de 2019 às 10h12.

Brasília - A força-tarefa do Ministério Público Federal do Paraná que atua na operação Lava Jato encaminhou pedido para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, peça a suspeição do ministro do STF Gilmar Mendes em investigações referentes ao ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador tucano.

No pedido encaminhado a Dodge, a força-tarefa alega que Gilmar não pode atuar em casos referentes a Aloysio Nunes em virtude de ligações que tem com ele. Segundo os procuradores, o ex-ministro "buscou interferir em julgamento de habeas corpus em favor de Paulo Vieira de Souza, em contato direto e pessoal com o ministro Gilmar Mendes".

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Paulo Preto e Aloysio Nunes foram alvos da 60ª fase da Lava Jato — o primeiro foi preso e o segundo teve a casa alvo de mandado de busca e apreensão.

Os procuradores querem impedir que Mendes aprecie uma reclamação apresentada pela defesa do ex-diretor da Dersa para que as investigações que levaram à prisão dele sejam remetidas à Justiça Eleitoral de São Paulo por suposta conexão com inquérito que mira propinas em contratos da companhia para abastecer campanhas do PSDB. A juíza federal Gabriela Hardt, que cuidava do caso em Curitiba, já manifestou contra o pedido.

Na quarta-feira, Paulo Preto foi condenado a 145 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por ter comandado um esquema de desvio de mais de 7 milhões de reais que deveriam ter sido destinados a moradores impactados pelas obras do Rodoanel.

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