Suíça amplia investigação contra políticos brasileiros
O governo solicitou a cooperação de Panamá, Holanda e Liechtenstein para apurar o destino de milhões de dólares identificados nas contas de bancos do país
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2016 às 10h45.
Última atualização em 18 de setembro de 2017 às 18h32.
Genebra — A Justiça suíça ampliou as investigações contra políticos brasileiros, ex-executivos da Petrobras e offshores da Odebrecht .
O governo solicitou a cooperação de Panamá, Holanda e Liechtenstein para apurar o destino de milhões de dólares identificados nas contas de bancos do país. Entre os beneficiados estaria o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No caso dele, o foco é a companhia Penbur Holdings, administrada pela consultoria Mossack Fonseca.
O deputado não é o único. No total, 57 nomes envolvidos na Lava Jato apareceram nos Panamá Papers, com a abertura de 107 sociedades offshore.
As companhias teriam relações com Odebrecht, Schahin, Queiroz Galvão e outras. Nomes como o do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró também estão na lista.
A reportagem confirmou com pessoas próximas ao processo em Brasília que os suíços já haviam informado o Ministério Público brasileiro.
Segundo a imprensa suíça, cerca de uma centena de advogados de Genebra, Zurique e Lugano está envolvida na defesa dos suspeitos, entre eles Cunha, para evitar que os dados sejam transmitidos ao Brasil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.