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Justiça paulista luta há 2 anos contra manobras em cartel

Graças a uma série de recursos e estratégias protelatórias dos réus, as ações penais contra os investigados não saem da estaca zero

Trem passa por estação do Metrô de São Paulo: as ações penais contra os investigados não saem da estaca zero (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2016 às 09h09.

São Paulo - Enquanto a Lava Jato avança sobre os maiores empreiteiros do País condenando nomes como Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses de prisão, na Justiça paulista não há previsão de que os executivos e ex-dirigentes de empresas ligadas ao esquema de fraude e cartel nas licitações do sistema metroferroviário entre 1998 e 2009 (governos Mario Covas, Jose Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB) sejam detidos, ou mesmo se apresentem para dar explicações à Justiça.

Graças a uma série de recursos e estratégias protelatórias dos réus, segundo o Ministério Publico, as ações penais contra os investigados não saem da estaca zero.

Desde 2014, o Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos já pediu 10 vezes a prisão de 11 executivos de nacionalidade estrangeira que vivem atualmente no exterior.

Destes pedidos, nove já foram rejeitados e um aguarda decisão da Justiça de São Paulo.

Neste mesmo intervalo de tempo, a Lava Jato já cumpriu 64 mandados de prisão preventiva e, com o apoio de delações premiadas e acordos de leniências de empresas investigadas, segue avançando contra agentes públicos, políticos e empresários suspeitos de participar de um esquema de corrupção na Petrobrás e até em outras estatais.

Na investigação contra o cartel de São Paulo que agiu durante gestões consecutivas do PSDB houve a colaboração da multinacional Siemens, que firmou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), orgão anti-truste do governo federal.

A empresa comprometeu-se a revelar os caminhos do esquema no setor metroferroviário que operou entre 1998 e 2009, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

Ainda assim, executivos alemães que pertencem ou já pertenceram à companhia e não aparecem no acordo de leniência não foram localizados pelas autoridades e o Ministério Público paulista segue na luta para tentar encontrá-los.

Os primeiros pedidos de prisão preventiva vieram em março de 2014. Na ocasião, foram pedidas a prisões preventivas de nove executivos alemães ligados à Siemens (dos quais apenas dois ainda estariam na empresa) e do canadense Serge Van Temsche, que presidiu a multinacional francesa Bombardier de 2001 a 2006.

Em maio de 2015 foi a vez do Gedec pedir a preventiva de Cesar Ponce de Leon, ex-diretor da Alstom.

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Desde 2014, o Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos já pediu 10 vezes a prisão de 11 executivos de nacionalidade estrangeira que vivem atualmente no exterior.

Destes pedidos, nove já foram rejeitados e um aguarda decisão da Justiça de São Paulo.

Neste mesmo intervalo de tempo, a Lava Jato já cumpriu 64 mandados de prisão preventiva e, com o apoio de delações premiadas e acordos de leniências de empresas investigadas, segue avançando contra agentes públicos, políticos e empresários suspeitos de participar de um esquema de corrupção na Petrobrás e até em outras estatais.

Na investigação contra o cartel de São Paulo que agiu durante gestões consecutivas do PSDB houve a colaboração da multinacional Siemens, que firmou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), orgão anti-truste do governo federal.

A empresa comprometeu-se a revelar os caminhos do esquema no setor metroferroviário que operou entre 1998 e 2009, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

Ainda assim, executivos alemães que pertencem ou já pertenceram à companhia e não aparecem no acordo de leniência não foram localizados pelas autoridades e o Ministério Público paulista segue na luta para tentar encontrá-los.

Os primeiros pedidos de prisão preventiva vieram em março de 2014. Na ocasião, foram pedidas a prisões preventivas de nove executivos alemães ligados à Siemens (dos quais apenas dois ainda estariam na empresa) e do canadense Serge Van Temsche, que presidiu a multinacional francesa Bombardier de 2001 a 2006.

Em maio de 2015 foi a vez do Gedec pedir a preventiva de Cesar Ponce de Leon, ex-diretor da Alstom.

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