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Jungmann diz esperar "clima ordeiro" em manifestações marcadas para hoje

Jungmann disse que não há nenhuma movimentação anormal antes dos atos e do julgamento mas que as autoridades estão sempre atentas

Raul Jungmann: "Manifestação é normal do regime democrático, que não é um regime de consenso, mas ele é regulado pela lei" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Raul Jungmann: "Manifestação é normal do regime democrático, que não é um regime de consenso, mas ele é regulado pela lei" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 3 de abril de 2018 às 15h27.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 15h48.

Rio de Janeiro - O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse à Reuters que espera um clima ordeiro no país nas próximas horas, quando estão previstas manifestações em todo o país em defesa da prisão de condenados em 2ª instância e uma análise do STF sobre a concessão de um habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo, e poderá ser preso se o Supremo Tribunal Federal rejeitar o recurso de sua defesa na quarta-feira.

Jungmann disse que não há nenhuma movimentação anormal antes dos atos e do julgamento mas que as autoridades estão sempre atentas.

"Manifestação é normal do regime democrático, que não é um regime de consenso, mas ele é regulado pela lei" disse o ministro à Reuters após participar de um evento no centro do Rio de Janeiro.

"Esperamos um clima ordeiro para quem quiser se manifestar hoje e amanhã. Um espírito ordeiro, de respeitar as instituições, as leis e o patrimônio ", acrescentou.

Ao ser questionado se temia confusões e conflitos, Jungmann afirmou que pelas análises prévias "dá para manter tudo sob controle"

Estão programadas para esta terça-feira manifestações em todo país nas principais capitais para exigir que condenações de 2ª instância sejam cumpridas, numa forma também de pressionar pela rejeição do habeas corpus pedido por Lula.

O ministro declarou ainda que os primeiros sinais positivos da intervenção no Rio de Janeiro, que já tem cerca de um mês e meio, começaram a ser sentidos. Segundo ele, na Páscoa houve uma redução em algumas estatísticas de criminalidade, embora o repasse de 1,2 bilhão de reais do governo federal ao Estado não tenha sido empregado ainda.

Mas nesta segunda-feira, o ISP, instituto de segurança pública do Rio, revelou um aumento em fevereiro nos roubos de carros, mortes em ações policiais e outras modalidade de crimes, mas uma queda nos homicídios ante fevereiro de 2017.

"As mudanças aos poucos vão sendo perceptíveis... e fazendo comparativo entre a Páscoa do ano anterior e desse ano os números foram melhores ", avaliou

"Evidente que esse ainda é um dado estatístico muito pequeno diante de uma situação muito mais ampla. As medidas estão sendo tomadas e os resultados são sentidos gradualmente e vão vir ", disse de a Reuters

Sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, que nessa quarta feira completa três semanas, Jungmann garantiu que os crimes não ficarão sem reposta.

"Não se deve pressionar um pessoal competente e sério. Tem 8 equipes trabalhando nesse caso e os resultados vão aparecer é só dar tempo e não pode ficar sem resposta", finalizou

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