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Julgar traficantes "dá menos trabalho", diz Moro sobre Lava Jato

Os réus da operação são empreiteiros e políticos poderosos, condenados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Moro: "Tem sido um trabalho duro, mas não há nenhuma previsão concreta de eu deixar a 13.ª Vara" (Nacho Doce / Reuters/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 18h58.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro disse nesta segunda-feira, 2, em São Paulo, durante almoço em que foi homenageado pela universidade americana Notre Dame com a mesma láurea já concedida à madre Teresa de Calcutá, que julgar grandes traficantes de drogas "dá menos trabalho" que julgar os réus da Operação Lava Jato - empreiteiros e políticos poderosos, condenados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

"Eu até falei brincando outro dia, que a gente estava 'doido' para voltar a julgar grandes traficantes de drogas. Dá menos trabalho."

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Moro disse que em Curitiba, base e origem da grande investigação, a Lava Jato "está indo para o final". Sob sua alçada estão os réus da Lava Jato sem foro privilegiado.

O juiz admitiu que está "cansado" de conduzir tantas ações da Lava Jato na 13.ª Vara Federal de Curitiba, de sua titularidade. Mas afirmou que não pretende parar.

"É verdade que estou cansado. Tem sido um trabalho duro, mas não há nenhuma previsão concreta de eu deixar a 13.ª Vara."

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