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José Marin pretende ficar calado perante a CPI do Futebol

A instrução é para evitar que as declarações de Marin possam prejudicá-lo na extradição para os Estados Unidos

Ex-presidente da CBF, José Maria Marin: silêncio para não prejudicá-lo na extradição para os Estados Unidos (REUTERS/Sergio Moraes)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 08h04.

São Paulo - Os senadores da CPI do Futebol que pretendem ir à Suíça ouvir José Maria Marin correm risco de perder a viagem. Os advogados do ex-presidente da CBF vão orientá-lo a permanecer calado, caso a audiência ocorra.

A instrução tem como objetivo evitar que alguma declaração de Marin possa prejudicá-lo no processo de extradição para os Estados Unidos que está em curso na Justiça Suíça e também nos EUA, onde está sendo investigado por recebimento de propina.

A defesa de Marin ainda não foi comunicada oficialmente da disposição dos senadores - o requerimento para ouvir o dirigente foi aprovado na última terça-feira pelo senador Romário (PSB-RJ), presidente da CPI -, mas já elabora a maneira de evitar que ele se exponha. E o silêncio parece ser o mais recomendado.

Marin está preso desde 27 de maio. No momento, os advogados europeus de Marin estão mais preocupados com os detalhes finais de sua defesa, na tentativa de evitar a sua extradição.

Eles têm até esta terça-feira para apresentar os argumentos e a Justiça suíça deve dar o veredicto em primeira instância até o próximo dia 25. Marin poderá recorrer se o resultado lhe for desfavorável.

As possíveis ações da CPI não são o principal foco dos defensores de Marin por enquanto.

Mesmo porque ainda não está definida a data em que os parlamentares vão viajar - irão Romário, Romero Jucá (PMDB-RR, relator da CPI), e mais um senador a ser designado - nem os trâmites necessários para que tenham acesso ao dirigente.

Uma das possibilidades para garantir o direito de Marin ficar em silêncio pode ser recorrer à Justiça do país europeu.

Na Suíça, o Ministério Público concedeu à Justiça acesso à dois celulares de Marin e o envio das informações sobre eles para os Estados Unidos.

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Eles têm até esta terça-feira para apresentar os argumentos e a Justiça suíça deve dar o veredicto em primeira instância até o próximo dia 25. Marin poderá recorrer se o resultado lhe for desfavorável.

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Uma das possibilidades para garantir o direito de Marin ficar em silêncio pode ser recorrer à Justiça do país europeu.

Na Suíça, o Ministério Público concedeu à Justiça acesso à dois celulares de Marin e o envio das informações sobre eles para os Estados Unidos.

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