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José Guimarães é novo líder do governo na Câmara

A presidente escolheu o deputado do Ceará para assumir a liderança do governo na Câmara, substituindo o deputado Henrique Fontana

José Guimarães: Guimarães é vice-presidente do PT (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 18h02.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff escolheu o deputado José Guimarães (PT-CE) para assumir a liderança do governo na Câmara , substituindo o deputado Henrique Fontana (PT-RS), que recentemente entrou em atrito com o novo presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito a contragosto do governo.

Guimarães é vice-presidente do PT e quando exerceu a liderança do partido na Câmara, em 2013, também enfrentou as posições defendidas por Cunha, à época líder do PMDB. Em entrevista após ser anunciado como novo líder governista, Guimarães disse que sua tarefa será a de recompor a base aliada e que a eleição para a presidência da Câmara é "página virada".

Ele também afirmou ter se reunido com Cunha e percebido no presidente da Câmara "boa disposição para o diálogo".

Mais cedo, uma fonte do governo havia adiantado à Reuters que Guimarães seria o escolhido para substituir Fontana. Segundo uma outra fonte do governo que também falou sob condição de anonimato, Guimarães assume com a determinação de reabrir o diálogo com os aliados e pacificar a relação com Cunha. A eleição para a presidência da Câmara deixou ainda mais evidente a dificuldade de articulação política do governo com seus aliados e também expôs as divisões dentro da bancada do PT.

No domingo, após a eleição de Cunha e a fraca votação do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que tinha preferência do governo, Dilma e seus principais ministros avaliaram que erraram ao enfrentar Cunha, mas que era necessário agir rápido para evitar que as sequelas da disputa aprofundassem as dificuldades na relação com a base aliada.

São Paulo – A derrota da presidente reeleita Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados na semana passada pode ser uma amostra do que ela terá que encarar nos próximos anos. Se depender dos números das urnas, o Brasil terá um legislativo mais fragmentado a partir de 2015. Hoje, 22 partidos têm uma cadeira na Câmara dos Deputados. Em janeiro, 28 legendas estarão presentes na Casa. Tendo em vista a coligação do PT na campanha presidencial, Dilma manterá a maioria no Câmara. Mas a tendência é que, com tantos partidos, a presidente tenha mais dificuldade para aprovar projetos na Casa – a exemplo do que aconteceu na semana passada. Veja outros números que mostram o perfil dos novos deputados federais.
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