Dirceu não é vítima de julgamento político, diz Jefferson
Para o delator do mensalão, ex-ministro erra ao se dizer vítima de um julgamento "político" ou de "exceção"
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 20h05.
Comendador Levy Gasparian - Para o delator do mensalão , o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) erra ao se dizer vítima de um julgamento "político" ou de "exceção". Condenado a sete meses e 14 dias mais multa de R$ 720 mil por seu envolvimento no esquema, Jefferson acredita que o processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi "democrático", ainda que discorde do veredicto que o condenou.
A postura de Dirceu, seu desafeto, não é cabível para o petebista. "Foi um julgamento democrático, o que não quer dizer que tenha sido justo. Você pode não concordar com a decisão, eu também não concordo em relação a mim, mas dizer que foi um julgamento político, de exceção, em favor de elites... que elites? O presidente é do PT, o ex-presidente é do PT, os ministros nomeados pelo PT. Aqui não é Cuba nem Venezuela", afirmou o ex-deputado. Com relação aos petistas condenados, Jefferson usou de ironia: "Só três que foram condenados politicamente, Genoino, Delúbio e Dirceu".
Jefferson aguarda em sua casa em Comendador Levy Gasparian (RJ), cidade a 140 quilômetros da capital fluminense, a expedição do mandado de sua prisão.
Perguntado sobre a expectativa de julgamento pelo Supremo do caso do mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, ele preferiu abster-se. "Não sou promotor. Tenho apreço a Eduardo Azeredo (PSDB-MG) como pessoa. Foi um bom governador", pontuou.
Bem humorado, o ex-deputado chamou jornalistas para tomar café da manhã. Na refeição, adotou um tom descontraído e abriu as portas de sua casa, expôs sua moto Harley Davidson, mostrou os cômodos, apresentou os animais de estimação - seis cachorras e cinco pássaros - e não se furtou de falar em política. Disse ter dificuldades em voltar a viver no Rio de Janeiro, por conta do trânsito complicado na Barra da Tijuca, onde tem propriedade. Afirmou não ter saudades de Brasília, mas sim da convivência com os ex-colegas do Congresso. "Eu não suporto Brasília, uma cidade sem esquinas, onde não tem conversa. Do Congresso sim, eu sinto muita falta. Sou um ser eminentemente político", afirmou.
Comendador Levy Gasparian - Para o delator do mensalão , o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) erra ao se dizer vítima de um julgamento "político" ou de "exceção". Condenado a sete meses e 14 dias mais multa de R$ 720 mil por seu envolvimento no esquema, Jefferson acredita que o processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi "democrático", ainda que discorde do veredicto que o condenou.
A postura de Dirceu, seu desafeto, não é cabível para o petebista. "Foi um julgamento democrático, o que não quer dizer que tenha sido justo. Você pode não concordar com a decisão, eu também não concordo em relação a mim, mas dizer que foi um julgamento político, de exceção, em favor de elites... que elites? O presidente é do PT, o ex-presidente é do PT, os ministros nomeados pelo PT. Aqui não é Cuba nem Venezuela", afirmou o ex-deputado. Com relação aos petistas condenados, Jefferson usou de ironia: "Só três que foram condenados politicamente, Genoino, Delúbio e Dirceu".
Jefferson aguarda em sua casa em Comendador Levy Gasparian (RJ), cidade a 140 quilômetros da capital fluminense, a expedição do mandado de sua prisão.
Perguntado sobre a expectativa de julgamento pelo Supremo do caso do mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, ele preferiu abster-se. "Não sou promotor. Tenho apreço a Eduardo Azeredo (PSDB-MG) como pessoa. Foi um bom governador", pontuou.
Bem humorado, o ex-deputado chamou jornalistas para tomar café da manhã. Na refeição, adotou um tom descontraído e abriu as portas de sua casa, expôs sua moto Harley Davidson, mostrou os cômodos, apresentou os animais de estimação - seis cachorras e cinco pássaros - e não se furtou de falar em política. Disse ter dificuldades em voltar a viver no Rio de Janeiro, por conta do trânsito complicado na Barra da Tijuca, onde tem propriedade. Afirmou não ter saudades de Brasília, mas sim da convivência com os ex-colegas do Congresso. "Eu não suporto Brasília, uma cidade sem esquinas, onde não tem conversa. Do Congresso sim, eu sinto muita falta. Sou um ser eminentemente político", afirmou.