IDH: Brasil não voltou ao patamar de 2019, antes da pandemia; o mundo já se recuperou
O Índice de Desenvolvimento Humano está em 0,760, abaixo dos 0,766 de 2019. Expectativa de vida ainda não se recuperou do baque da pandemia
Agência de notícias
Publicado em 13 de março de 2024 às 14h00.
Última atualização em 13 de março de 2024 às 15h52.
O Brasil melhorou no desenvolvimento humano , mas ainda não conseguiu recuperar os índices de bem-estar social de antes da pandemia. O país está atrasado em comparação com o mundo, que já conseguiu voltar a ter indicadores de antes da crise sanitária
O IDH do país passou de 0,754 para 0,760, ainda inferior ao que o Brasil ostentava antes da Covid-19, que era de 0,766. O país está à frente de vizinhos como Colômbia e Venezuela. Mas segue atrás da Argentina, Peru, Uruguai, Chile, além de México e Cuba. A média da América Latina e Caribe é de um IDH de 0,763, acima do brasileiro. O IDH do mundo é de 0,739. O máximo do IDH é 1.
No mundo, o indicador foi para 0,739, o mesmo de 2019.
A melhora do Brasil ocorreu graças principalmente a um aumento da expectativa de vida, que subiu de 72,8 para 73,4 anos, em relação a 2021, depois de uma queda causada pela pandemia.
Apesar da melhora, o país ainda não alcançou o patamar em que estava antes da crise de saúde. Em 2019, a expectativa de vida era de 75,3 anos. A renda per capita também aumentou de US$ 14.370 para US$ 14.615 ao ano, de 2022 para 2021.
Além da expectativa de vida ainda estar abaixo do nível pré-pandemia, os indicadores de educação também ficaram estagnados no período. Esses fatores explicam parte dessa piora de desempenho em relação ao mundo. O Brasil conseguiu voltar aos níveis de 2017.
O mundo avançou mais em educação, os anos de estudo esperados subiram de 12,8 para 13, enquanto o do Brasil ficou praticamente estagnado.
Educação
A expectativa de escolaridade no país (que considera a estimativa de média de anos de estudos que a atual geração de crianças terá quando completar seu ciclo escolar) caiu de 15,59 para 15,58 anos.
Segundo o Pnud, o Brasil caiu em posições, assim como diversos outros países, com as crises globais, principalmente pela pandemia. Mas, em relação aos últimos anos, o Brasil cresceu muito rapidamente, o que poderá voltar a ser tendência nos próximos anos, avalia a agência da ONU.
No Brasil, quando o IDH é ajustado à desigualdade, o país perde 24% do seu índice.