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Hotéis da Paulista perderam R$ 12 milhões com protestos

De acordo com associação de hotéis, a taxa de ocupação caiu de 70% para 30% na semana que concentrou os principais atos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 09h13.

São Paulo - As manifestações de junho na Avenida Paulista, região central de São Paulo, foram responsáveis por um prejuízo de R$ 12 milhões somente ao setor hoteleiro. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP), a taxa de ocupação caiu de 70% para 30% na semana que concentrou os principais atos.

A informação foi citada nesta terça-feira, 26, no primeiro dia do Fórum Pensar Paulista. O evento, que tem a transmissão da TV Estadão, recomeça nesta quarta-feira, 27, às 9h30.

Presidente da ABIH-SP, Bruno Omori afirmou que a via está "saturada", não comportando mais tantos protestos. "Em junho, sete de cada dez eventos corporativos agendados para os hotéis da Paulista foram cancelados. Em alguns casos, foram dez, de dez", disse.

Para Martim de Almeida Prado, diretor da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), as interrupções permanentes de uma região que abriga pelo menos sete grandes hospitais colocam direitos em contraposição.

Ele acredita que a solução é regulamentar a forma dos protestos na Avenida, a partir de uma discussão com a sociedade, a partir da realização de audiências públicas.

"O governo deveria regulamentar, em lei, como as manifestações poderiam ocorrer. É certo que a Paulista não pode receber todos os atos da cidade. Direito é limite e direito de expressão não pode ir contra o direito da coletividade", disse o advogado durante o fórum.


Ordem. A requalificação do espaço público é uma das demandas da avenida, na análise do urbanista e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), José Armênio de Brito da Cruz.

Ele cita a necessidade de se incentivar prédios com fachadas ativas, ou seja, com abertura para as vias, sem muros nem grades. O conceito está na minuta do novo Plano Diretor, em discussão na Câmara Municipal. Se aprovado, pode fazer surgir complexos semelhantes ao Conjunto Nacional na via.

Participaram ainda do evento o arquiteto Benedito Lima de Toledo e o ator Sérgio Mamberti, que ressaltaram a relevância da Paulista para a identidade cultural de São Paulo.

"Todo mundo tem uma história, uma emoção relacionada à avenida. Repensar a Paulista é repensar a cidade", disse Mamberti. A executiva Alessandra de Moraes, da Inova, concessionária responsável pela varrição na cidade, completou a lista de palestrantes.

Nesta quarta-feira, 27, mais sete convidados debatem a Paulista. Na lista, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o vereador Ricardo Young (PPS), o promotor de Justiça José Carlos Freitas e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - As manifestações de junho na Avenida Paulista, região central de São Paulo, foram responsáveis por um prejuízo de R$ 12 milhões somente ao setor hoteleiro. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP), a taxa de ocupação caiu de 70% para 30% na semana que concentrou os principais atos.

A informação foi citada nesta terça-feira, 26, no primeiro dia do Fórum Pensar Paulista. O evento, que tem a transmissão da TV Estadão, recomeça nesta quarta-feira, 27, às 9h30.

Presidente da ABIH-SP, Bruno Omori afirmou que a via está "saturada", não comportando mais tantos protestos. "Em junho, sete de cada dez eventos corporativos agendados para os hotéis da Paulista foram cancelados. Em alguns casos, foram dez, de dez", disse.

Para Martim de Almeida Prado, diretor da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), as interrupções permanentes de uma região que abriga pelo menos sete grandes hospitais colocam direitos em contraposição.

Ele acredita que a solução é regulamentar a forma dos protestos na Avenida, a partir de uma discussão com a sociedade, a partir da realização de audiências públicas.

"O governo deveria regulamentar, em lei, como as manifestações poderiam ocorrer. É certo que a Paulista não pode receber todos os atos da cidade. Direito é limite e direito de expressão não pode ir contra o direito da coletividade", disse o advogado durante o fórum.


Ordem. A requalificação do espaço público é uma das demandas da avenida, na análise do urbanista e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), José Armênio de Brito da Cruz.

Ele cita a necessidade de se incentivar prédios com fachadas ativas, ou seja, com abertura para as vias, sem muros nem grades. O conceito está na minuta do novo Plano Diretor, em discussão na Câmara Municipal. Se aprovado, pode fazer surgir complexos semelhantes ao Conjunto Nacional na via.

Participaram ainda do evento o arquiteto Benedito Lima de Toledo e o ator Sérgio Mamberti, que ressaltaram a relevância da Paulista para a identidade cultural de São Paulo.

"Todo mundo tem uma história, uma emoção relacionada à avenida. Repensar a Paulista é repensar a cidade", disse Mamberti. A executiva Alessandra de Moraes, da Inova, concessionária responsável pela varrição na cidade, completou a lista de palestrantes.

Nesta quarta-feira, 27, mais sete convidados debatem a Paulista. Na lista, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o vereador Ricardo Young (PPS), o promotor de Justiça José Carlos Freitas e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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