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Guedes afirma que mais reformas virão após eleições municipais

Ministro também reconheceu que o programa de privatizações não "andou direito" não só por problemas políticos como também por questões dentro do governo

Guedes: ministro afirmou também que o governo agirá com a mesma capacidade de decisão empenhada neste ano, caso ocorra segunda onda de covid-19 (Andre Borges/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 10h57.

Última atualização em 23 de novembro de 2020 às 11h01.

O ministro da Economia, Paulo Guedes , afirmou nesta segunda-feira que depois das eleições municipais há conversas em curso para a realização de mais reformas, destacando ter certeza quanto à aprovação pela Câmara dos Deputados da autonomia formal do Banco Central , projeto que já foi chancelado no Senado.

Ao participar de webinário promovido pela Firjan, ele disse que há uma pauta mínima que deve avançar, pois "tem baixo custo político e muito retorno social", citando BC independente, marco regulatório para gás natural e cabotagem.

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O ministro afirmou ainda que, se houver nova onda de covid-19 , o governo agirá com a mesma capacidade de decisão empenhada neste ano, mas já sabendo os programas que funcionam melhor e os que não emplacaram na crise.

Ele avaliou que o número de mortes pelo coronavírus parece ter tido um repique, mas afirmou que é preciso observar se esse movimento vai se firmar.

"Pode ser que tenha voltado um pouco, mas ao mesmo tempo tem características sazonais a doença. Estamos entrando no verão, primavera-verão, e vamos observar um pouco em vez de já, nós que não somos especialistas, começar a decretar que doença está aí e tem que trancar tudo de novo", disse.

Programa de privatização não "andou direito"

Guedes reconheceu que o programa de privatizações não "andou direito" não só por problemas políticos como também por questões dentro do governo. A avaliação foi feita durante participação na abertura do webinário Firjan - Visão Saneamento. "Temos que admitir o que está errado para consertar", citando também que o programa de crédito em meio à pandemia não funcionou bem no início.

Guedes voltou a afirmar que a recuperação da economia está ocorrendo em "V" e que é necessário separar os fatos das narrativas falsas.

"A economia está voltando com força, são os fatos, porque existem muitas narrativas. O FMI chegou a projetar queda do PIB de 9,5% este ano. Vai ser bem menos que a metade. Alguns economistas projetaram mais de 10% de queda. Diziam que a retomada poderia ser em U ou em L. É importante recuperar essas narrativas falsas e previsões equivocadas", disse ele, repetindo que a perda de emprego na "maior recessão da história" deve ser 20% da recessão de 2015 e 2016. "São narrativas de quem já está fazendo campanha política desde o início do governo", comentou, referindo-se às ditas narrativas falsas.

O ministro ainda negou mais uma vez que o governo não tenha plano para a economia. "Temos plano sim para a economia", repetindo que o governo já endereçou os três maiores motivos de crescimento de gastos: a previdência, os juros elevados e os salários do funcionalismo.

Segundo Guedes, a previsão é de redução e R$ 450 bilhões no gasto com pessoal. "Precisamos do Congresso", disse, referindo-se à proposta de reforma administrativa enviado pelo governo.

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