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Grande SP tem o maior número de internações por covid-19 desde agosto

Há uma grande preocupação das autoridades de saúde com a possível retomada de medidas restritivas de circulação, como ocorreu no início da pandemia

Hospital em São Paulo (Rodrigo Capote/Bloomberg/Getty Images)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 11h24.

Última atualização em 26 de novembro de 2020 às 12h40.

A Grande São Paulo atingiu o maior número de novas internações por covid-19 desde agosto. Dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo mostram que na quarta-feira, 25, foram 872 novos pacientes internados em leitos de UTI e de enfermaria. A média diária dos últimos sete dias está em 726.

A última vez que as internações atingiram este patamar foi no dia 29 de agosto, quando as novas internações estavam em 919 e a média era de 775. A taxa de ocupação de leitos de UTI - somando hospitais públicos e privados - está em 57%. Este valor já chegou a ficar abaixo dos 50% no começo do mês.

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No estado a cena não é diferente, na quarta-feira as novas internações também aumentaram e ficaram em 1.503, é o maior número desde o começo de setembro, quando ficou em 1.524, no dia 10 de setembro. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 50%.

Com estes números, há uma grande preocupação das autoridades de saúde com a possível retomada de medidas restritivas de circulação, como ocorreu no início da pandemia.

Não só em São Paulo, mas em outros estados secretários de Saúde e governadores comentam, nos bastidores, que a segunda onda já é uma realidade e que é apenas uma questão de tempo para voltarmos a ter o fechamento do comércio nas maiores cidades brasileiras.

 

Quarentena será revista na segunda-feira

O governo de São Paulo decidiu adiar a reclassificação da quarentena no estado, que estava prevista para o dia 16 de novembro. De acordo com o governo, um problema no sistema do Ministério da Saúde, que compila todos os dados da pandemia, motivou a alteração. A previsão é fazer uma nova avaliação no dia 30 de novembro.

O Ministério da Saúde reconheceu a falha no sistema na primeira semana de novembro, e disse que o problema foi corrigido. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que a pasta encontrou indícios de que foi alvo de uma tentativa de ataques cibernéticos, o que a levou a bloquear o acesso às suas redes para garantir a segurança dos dados.

Alguns dados chegaram a ficar represados, mas foram computados em grande parte na semana entre 9 e 13 de setembro. Na quarta-feira, o estado de São Paulo teve 8.900 novos casos confirmados de covid-19, o valor mais alto desde o fim de setembro. Em relação às mortes, foram registradas 146 novas confirmações.

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