Governo se divide sobre assumir racionamento
Um grupo defende que, se essa decisão for tomada agora, o desgaste político poderá ser diluído até o início da campanha, em julho
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2014 às 09h30.
São Paulo - Diante do noticiário crescente e cada vez mais negativo em relação à falta d'água em São Paulo , o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, se dividiu.
Um grupo de auxiliares do governador Geraldo Alckmin (PSDB) defende que ele assuma imediatamente o racionamento de água e argumenta que, se essa decisão for tomada agora, o desgaste político poderá ser diluído até o início da campanha, em julho.
O ônus do rodízio seria creditado às condições climáticas, que são consideradas as mais adversas em 84 anos, o que esvaziaria o discurso da oposição.
Baseando-se em dados de especialistas, auxiliares do tucano tentam convencê-lo de que há pouca perspectiva de reverter a situação no médio prazo, uma vez que o cenário de escassez hídrica no Cantareira tende a se agravar.
Os defensores dessa tese dizem que a tendência é que o número de casos pontuais de falta d'água cresçam na pauta do noticiário, o que criaria uma situação na opinião pública de que o governador está apenas escondendo a crise.
O outro grupo, porém, pondera que o racionamento não teria a menor eficácia e argumenta que a medida apenas levaria a população a aumentar o consumo de água nos dias sem corte no abastecimento. Segundo um interlocutor, o rodízio seria um tiro que sairia pela culatra.
Esse grupo acredita que é possível chegar a um equilíbrio de oferta e demanda por meio de educação e estímulo, como o plano de bônus da Sabesp, já em curso. Essa posição conta com o respaldo técnico da Sabesp, que acredita que o consumo regular de água está garantido até novembro com o uso do volume morto.
Reservadamente, caciques do PSDB paulista, parlamentares e ex-secretários de Alckmin avaliam que o efeito de um racionamento formal pode ser "devastador" para a campanha à reeleição do tucano, a exemplo do que aconteceu com José Serra (PSDB) em 2002, após o apagão vivido no governo FHC.
São Paulo - Diante do noticiário crescente e cada vez mais negativo em relação à falta d'água em São Paulo , o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, se dividiu.
Um grupo de auxiliares do governador Geraldo Alckmin (PSDB) defende que ele assuma imediatamente o racionamento de água e argumenta que, se essa decisão for tomada agora, o desgaste político poderá ser diluído até o início da campanha, em julho.
O ônus do rodízio seria creditado às condições climáticas, que são consideradas as mais adversas em 84 anos, o que esvaziaria o discurso da oposição.
Baseando-se em dados de especialistas, auxiliares do tucano tentam convencê-lo de que há pouca perspectiva de reverter a situação no médio prazo, uma vez que o cenário de escassez hídrica no Cantareira tende a se agravar.
Os defensores dessa tese dizem que a tendência é que o número de casos pontuais de falta d'água cresçam na pauta do noticiário, o que criaria uma situação na opinião pública de que o governador está apenas escondendo a crise.
O outro grupo, porém, pondera que o racionamento não teria a menor eficácia e argumenta que a medida apenas levaria a população a aumentar o consumo de água nos dias sem corte no abastecimento. Segundo um interlocutor, o rodízio seria um tiro que sairia pela culatra.
Esse grupo acredita que é possível chegar a um equilíbrio de oferta e demanda por meio de educação e estímulo, como o plano de bônus da Sabesp, já em curso. Essa posição conta com o respaldo técnico da Sabesp, que acredita que o consumo regular de água está garantido até novembro com o uso do volume morto.
Reservadamente, caciques do PSDB paulista, parlamentares e ex-secretários de Alckmin avaliam que o efeito de um racionamento formal pode ser "devastador" para a campanha à reeleição do tucano, a exemplo do que aconteceu com José Serra (PSDB) em 2002, após o apagão vivido no governo FHC.