Exame Logo

Governo anuncia mudança em ministérios na 6ª apesar do PMDB

O governo se prepara para anunciar nesta sexta-feira, com uma declaração à imprensa da presidente, a reforma ministerial

Dilma Rousseff: anúncio ocorrerá mesmo ainda havendo impasses com o PMDB e o PT (REUTERS/Mike Segar)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 19h29.

Brasília - O governo se prepara para anunciar nesta sexta-feira, com uma declaração à imprensa da presidente Dilma Rousseff , a reforma ministerial, mesmo ainda havendo impasses com o PMDB e o PT e dúvidas sobre onde mais será possível cortar para cumprir a meta de extinguir 10 ministérios, prometida pela presidente.

O Planalto chegou a estudar tirar o status de ministério da Controladoria-Geral da União, mas concluiu que isso poderia arranhar a imagem do governo, disse à Reuters uma fonte palaciana. Em meio a um dos maiores casos de corrupção já investigados no país, com a operação Lava Jato, e com o governo batalhando para convencer que é transparente e investiga, retirar o status de ministério da CGU e partilhar suas atribuições por diversos ministérios poderia ser um mau passo, avaliam fontes do governo.

Até a tarde desta quinta-feira o Planalto também não tinha uma definição do PMDB sobre o que o partido faria para preencher os sete ministérios ofertados por Dilma. O partido ainda não conseguiu fechar uma indicação para o sétimo ministério, a Ciência e Tecnologia, por disputas internas.

A bancada da Câmara ainda não aceitou o ministério e reivindica Portos, alegando que havia sido oferecido aos deputados Saúde e uma pasta de infraestrutura. Em princípio, o ministério ficaria com Helder Barbalho, que vai perder a pasta de Pesca, reincorporada à Agricultura.

Dilma tentou oferecer Ciência e Tecnologia a Eliseu Padilha, que hoje está com Aviação Civil, e a Helder, para tentar liberar um dos ministérios da infraestrutura para a Câmara, mas nenhum dos dois ministros se interessou pela troca.  Perguntada se a reforma estava pronta para ser anunciada, uma fonte ligada à presidente afirmou que sim.

“Só falta o PMDB”, afirmou a fonte, que pediu anonimato. E acrescentou: “Falta encontrar um lugar para Padilha.” Ligado ao vice-presidente Michel Temer, o ministro foi essencial durante o período em que o vice fez a coordenação política do governo e conseguiu acertar a distribuição de cargos de terceiro e segundo escalões, que emperravam a relação do governo com a base aliada. Dilma reconhece o trabalho do ministro e quer contentá-lo e agradar a Temer.

No fim do dia, a presidente o chamou em seu gabinete. Dilma ofereceu Ciência e Tecnologia para o PMDB na quarta-feira, mas pedindo que fossem apresentados outros nomes que tivessem ou ligação com a área ou pelo menos força política, como informou a Reuters. Até agora o partido não teria apresentado alternativas.

A outra ponta a ser definida é quem irá ocupar a chefia do Ministério da Cidadania, que reunirá Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres. Inicialmente, a ideia era que Miguel Rossetto assumisse o cargo, mas os movimentos sociais reclamam que um homem e branco não seria um bom sinal.

Alguns nomes chegaram a ser citados, como os das deputadas Moema Gramacho (PT-BA) e Erika Kokay (PT-DF). Não se sabe, também, qual seria o destino de Rossetto.

Veja também

Brasília - O governo se prepara para anunciar nesta sexta-feira, com uma declaração à imprensa da presidente Dilma Rousseff , a reforma ministerial, mesmo ainda havendo impasses com o PMDB e o PT e dúvidas sobre onde mais será possível cortar para cumprir a meta de extinguir 10 ministérios, prometida pela presidente.

O Planalto chegou a estudar tirar o status de ministério da Controladoria-Geral da União, mas concluiu que isso poderia arranhar a imagem do governo, disse à Reuters uma fonte palaciana. Em meio a um dos maiores casos de corrupção já investigados no país, com a operação Lava Jato, e com o governo batalhando para convencer que é transparente e investiga, retirar o status de ministério da CGU e partilhar suas atribuições por diversos ministérios poderia ser um mau passo, avaliam fontes do governo.

Até a tarde desta quinta-feira o Planalto também não tinha uma definição do PMDB sobre o que o partido faria para preencher os sete ministérios ofertados por Dilma. O partido ainda não conseguiu fechar uma indicação para o sétimo ministério, a Ciência e Tecnologia, por disputas internas.

A bancada da Câmara ainda não aceitou o ministério e reivindica Portos, alegando que havia sido oferecido aos deputados Saúde e uma pasta de infraestrutura. Em princípio, o ministério ficaria com Helder Barbalho, que vai perder a pasta de Pesca, reincorporada à Agricultura.

Dilma tentou oferecer Ciência e Tecnologia a Eliseu Padilha, que hoje está com Aviação Civil, e a Helder, para tentar liberar um dos ministérios da infraestrutura para a Câmara, mas nenhum dos dois ministros se interessou pela troca.  Perguntada se a reforma estava pronta para ser anunciada, uma fonte ligada à presidente afirmou que sim.

“Só falta o PMDB”, afirmou a fonte, que pediu anonimato. E acrescentou: “Falta encontrar um lugar para Padilha.” Ligado ao vice-presidente Michel Temer, o ministro foi essencial durante o período em que o vice fez a coordenação política do governo e conseguiu acertar a distribuição de cargos de terceiro e segundo escalões, que emperravam a relação do governo com a base aliada. Dilma reconhece o trabalho do ministro e quer contentá-lo e agradar a Temer.

No fim do dia, a presidente o chamou em seu gabinete. Dilma ofereceu Ciência e Tecnologia para o PMDB na quarta-feira, mas pedindo que fossem apresentados outros nomes que tivessem ou ligação com a área ou pelo menos força política, como informou a Reuters. Até agora o partido não teria apresentado alternativas.

A outra ponta a ser definida é quem irá ocupar a chefia do Ministério da Cidadania, que reunirá Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres. Inicialmente, a ideia era que Miguel Rossetto assumisse o cargo, mas os movimentos sociais reclamam que um homem e branco não seria um bom sinal.

Alguns nomes chegaram a ser citados, como os das deputadas Moema Gramacho (PT-BA) e Erika Kokay (PT-DF). Não se sabe, também, qual seria o destino de Rossetto.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGovernoMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame