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Gilberto Carvalho admite problemas na reforma agrária

Ministro disse que movimentos sociais que lutam pelo acesso à terra reconhecem que programas federais têm sido “essenciais para um salto de qualidade” do setor

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, 6º Congresso Nacional do MST (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 21h41.

Brasília - Ao concordar com as críticas de que o governo não conseguiu, nos últimos anos, avançar na reforma agrária, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que os movimentos sociais que lutam pelo acesso à terra reconhecem que programas federais têm sido “essenciais para um salto de qualidade” do setor.

“O papel dos movimentos não é dizer 'amém' para o governo, é cobrar cada vez mais. Eles têm toda razão, tivemos muitos problemas [sobre a reforma agrária]. Mas se não fosse a política do governo federal, nada disso aqui estaria acontecendo do ponto de vista do financiamento que eles tiveram e têm”, disse o ministro, acrescentando que os bancos públicos têm financiado não apenas o grande negócio, mas também a pequena agricultura.

Gilberto Carvalho ouviu as reivindicações, durante o 6º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de representantes de movimentos agrários. Para Jaime Amorim, da coordenação nacional do MST, a prioridade dos governos Lula e Dilma não tem sido a agricultora camponesa e nem a reforma agrária.

“Eles priorizaram o agronegócio, a agricultura de exportação. Do ponto de vista da reforma agrária e de atacar o latifúndio, na desapropriação [de terras] improdutivas, não houve avanço, houve retrocesso”, declarou.

Ao citar os estímulos do governo ao setor, o ministro disse que o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) vai “entrar para história do país” como um “programa de estímulo de cooperativização dos pequenos agricultores e os assentados”.

O PAA favorece o comércio de alimentos diretamente de agricultores familiares. Jaime acredita que o programa é um avanço importante, mas cobra a aplicação de mais recursos em ações como essa. Segundo Carvalho, é importante ouvir e entender os movimentos. “Por isso que eles vêm sempre aqui, a gente vai lá, a gente briga bastante, tensiona, faz parte dessa autonomia e independência dos movimentos”, disse.

Após visitar a Feira da Reforma Agrária, que expõe produtos orgânicos e agroecológicos de todas as regiões do país, o ministro falou também sobre a importância de manifestações pacíficas e que não repitam o episódio da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.

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“O papel dos movimentos não é dizer 'amém' para o governo, é cobrar cada vez mais. Eles têm toda razão, tivemos muitos problemas [sobre a reforma agrária]. Mas se não fosse a política do governo federal, nada disso aqui estaria acontecendo do ponto de vista do financiamento que eles tiveram e têm”, disse o ministro, acrescentando que os bancos públicos têm financiado não apenas o grande negócio, mas também a pequena agricultura.

Gilberto Carvalho ouviu as reivindicações, durante o 6º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de representantes de movimentos agrários. Para Jaime Amorim, da coordenação nacional do MST, a prioridade dos governos Lula e Dilma não tem sido a agricultora camponesa e nem a reforma agrária.

“Eles priorizaram o agronegócio, a agricultura de exportação. Do ponto de vista da reforma agrária e de atacar o latifúndio, na desapropriação [de terras] improdutivas, não houve avanço, houve retrocesso”, declarou.

Ao citar os estímulos do governo ao setor, o ministro disse que o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) vai “entrar para história do país” como um “programa de estímulo de cooperativização dos pequenos agricultores e os assentados”.

O PAA favorece o comércio de alimentos diretamente de agricultores familiares. Jaime acredita que o programa é um avanço importante, mas cobra a aplicação de mais recursos em ações como essa. Segundo Carvalho, é importante ouvir e entender os movimentos. “Por isso que eles vêm sempre aqui, a gente vai lá, a gente briga bastante, tensiona, faz parte dessa autonomia e independência dos movimentos”, disse.

Após visitar a Feira da Reforma Agrária, que expõe produtos orgânicos e agroecológicos de todas as regiões do país, o ministro falou também sobre a importância de manifestações pacíficas e que não repitam o episódio da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.

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