Gabrielli nega que reajuste da gasolina seja adiado para não atrapalhar inflação
Presidente da Petrobras diz que "política de preços da empresa não tem nada a ver com a inflação"
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2011 às 00h03.
São Paulo - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, negou, na noite desta quinta-feira (7), que o sistema de definição de preços da estatal sofra qualquer influência política. "Não tem nada a ver (a decisão de aumentar ou não) com a inflação. Tem a ver com o mercado de petróleo."
Analistas avaliam que a empresa tende a adiar eventuais reajustes do preço da gasolina para não atrapalhar o governo federal, que vive um momento delicado no combate à inflação.
Questionado pelo reportagem de EXAME.com se o governo poderia contar com a ajuda da Petrobras no quadro inflacionário, Gabrielli disse que "o problema não é de ajuda (na redução da inflação). É um problema econômico (do mercado de petróleo). (...) Ninguém pode controlar isso."
O executivo explica que, em tese, se o preço do barril do petróleo permanecer no atual patamar (superior a 100 doláres) e o preço interno da gasolina não for elevado, o mercado resolve a situação. "Você vai ter gente comprando (o combustível barato da Petrobras) e exportando. Isso é normal, é da economia."
José Sergio Gabrielli esteve na cerimônia de entrega do prêmio "Empreendedor do Ano" da Ernst & Young Terco, em São Paulo, na qual foi homenageado na categoria "Executivo Empreendedor".
Antes do início do evento, indagado por EXAME.com se os acionistas correriam o risco de ser prejudicados, Gabrieli disse que eles já conhecem a política de preços da Petrobras, em vigor há oito anos. "É uma política de longo prazo. O nosso último reajuste foi no dia 9 de junho de 2009, quando houve redução no preço da gasolina."
Polêmica com Mantega
Na quarta-feira (6), o presidente da estatal tinha indicado que haveria reajuste na gasolina se o preço continuasse pressionado no mercado internacional. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, afastou qualquer possibilidade nesse sentido.
"O ministro Guido Mantega, que é presidente do Conselho da empresa, disse que não tem nenhuma decisão sobre aumento do preço da gasolina, o que é absolutamente correto. É exatamente o que eu tenho dito", ressaltou Gabrielli, que negou qualquer mal estar entre os dois. "Temos a mesma posição."
O executivo disse que vários fatores impedem uma decisão no curto prazo, como as incertezas em torno da safra de cana-de-açúcar, do preço de petróleo, da demanda de gasolina no verão americano, da taxa de câmbio e dos juros internacionais.
São Paulo - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, negou, na noite desta quinta-feira (7), que o sistema de definição de preços da estatal sofra qualquer influência política. "Não tem nada a ver (a decisão de aumentar ou não) com a inflação. Tem a ver com o mercado de petróleo."
Analistas avaliam que a empresa tende a adiar eventuais reajustes do preço da gasolina para não atrapalhar o governo federal, que vive um momento delicado no combate à inflação.
Questionado pelo reportagem de EXAME.com se o governo poderia contar com a ajuda da Petrobras no quadro inflacionário, Gabrielli disse que "o problema não é de ajuda (na redução da inflação). É um problema econômico (do mercado de petróleo). (...) Ninguém pode controlar isso."
O executivo explica que, em tese, se o preço do barril do petróleo permanecer no atual patamar (superior a 100 doláres) e o preço interno da gasolina não for elevado, o mercado resolve a situação. "Você vai ter gente comprando (o combustível barato da Petrobras) e exportando. Isso é normal, é da economia."
José Sergio Gabrielli esteve na cerimônia de entrega do prêmio "Empreendedor do Ano" da Ernst & Young Terco, em São Paulo, na qual foi homenageado na categoria "Executivo Empreendedor".
Antes do início do evento, indagado por EXAME.com se os acionistas correriam o risco de ser prejudicados, Gabrieli disse que eles já conhecem a política de preços da Petrobras, em vigor há oito anos. "É uma política de longo prazo. O nosso último reajuste foi no dia 9 de junho de 2009, quando houve redução no preço da gasolina."
Polêmica com Mantega
Na quarta-feira (6), o presidente da estatal tinha indicado que haveria reajuste na gasolina se o preço continuasse pressionado no mercado internacional. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, afastou qualquer possibilidade nesse sentido.
"O ministro Guido Mantega, que é presidente do Conselho da empresa, disse que não tem nenhuma decisão sobre aumento do preço da gasolina, o que é absolutamente correto. É exatamente o que eu tenho dito", ressaltou Gabrielli, que negou qualquer mal estar entre os dois. "Temos a mesma posição."
O executivo disse que vários fatores impedem uma decisão no curto prazo, como as incertezas em torno da safra de cana-de-açúcar, do preço de petróleo, da demanda de gasolina no verão americano, da taxa de câmbio e dos juros internacionais.