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Fornecedoras do governo fizeram 1/3 das doações a Pezão

As 27 empresas têm, somados, contratos que ultrapassam os R$ 3,5 bilhões com as gestões de Pezão

Governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, segue para votar no bairro de Ribeirão das Lajes (Lucas Figueiredo/ Pezão 15)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 17h58.

Rio - Empresas fornecedoras do governo do Estado do Rio nos últimos oito anos fizeram um terço das doações ao Comitê Financeiro Único do PMDB fluminense, responsável por 97% dos R$ 45 milhões doados ao governador reeleito, Luiz Fernando Pezão.

As 27 empresas têm, somados, contratos que ultrapassam os R$ 3,5 bilhões com as gestões de Pezão e do antecessor e padrinho político, Sérgio Cabral (PMDB).

Entre elas, há duas empreiteiras investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal: OAS, que doou R$ 3 milhões, e Queiroz Galvão, com R$ 3,1 milhões.

A maior parte das 27 empresas são construtoras contratadas pela Secretaria Estadual de Obras para empreendimentos como o Arco Metropolitano, com recursos estaduais e do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento.

OAS e Queiroz Galvão , além da Carioca Engenharia (outra que doou ao PMDB), foram responsáveis pela obra do Arco, inaugurado parcialmente em julho por Pezão e pela presidente Dilma Rousseff.

Há também prestadoras de serviço, como a Premier Comércio de Alimentos, que doou R$ 100 mil e, nos últimos oito anos, recebeu R$ 177 milhões do governo estadual, pelo fornecimento de comida a pacientes e servidores de hospitais.

Na prestação final, Pezão declarou R$ 45,1 milhões em doações, mas sem discriminar a origem. Se limitou a creditar, entre um e outro nome responsável por valores menores, R$ 43,8 milhões a repasses do Comitê partidário.

O Comitê, por sua vez, listou 78 empresas. Delas, 27 firmaram contratos com o Executivo estadual nas duas últimas gestões. Juntas, doaram R$ 23,4 milhões dos R$ 72 milhões que o Comitê arrecadou.

As que mais doaram foram Carioca Engenharia, com R$ 3,8 milhões, OAS e Queiroz Galvão.

Entre as fornecedoras/doadoras da campanha de Pezão, o grupo Bradesco é o que mais recebeu por serviços prestados ao Estado do Rio nos últimos oito anos: R$ 840 milhões, parte em pagamento de empréstimos e juros de dívidas.

O Bradesco Vida e Previdência doou R$ 1,3 milhão ao Comitê.

Em segundo lugar no ranking de valores recebidos, aparece a Ipê Engenharia: R$ 372 milhões por obras, principalmente em rodovias. A empresa doou R$ 1 milhão. Em seguida, mais uma construtora: Colares Linhares (R$ 327 milhões em contratos; doou R$ 1 milhão).

Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que "as doações foram feitas de forma transparente e cumpriram rigorosamente o que determina a Justiça Eleitoral".

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Rio - Empresas fornecedoras do governo do Estado do Rio nos últimos oito anos fizeram um terço das doações ao Comitê Financeiro Único do PMDB fluminense, responsável por 97% dos R$ 45 milhões doados ao governador reeleito, Luiz Fernando Pezão.

As 27 empresas têm, somados, contratos que ultrapassam os R$ 3,5 bilhões com as gestões de Pezão e do antecessor e padrinho político, Sérgio Cabral (PMDB).

Entre elas, há duas empreiteiras investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal: OAS, que doou R$ 3 milhões, e Queiroz Galvão, com R$ 3,1 milhões.

A maior parte das 27 empresas são construtoras contratadas pela Secretaria Estadual de Obras para empreendimentos como o Arco Metropolitano, com recursos estaduais e do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento.

OAS e Queiroz Galvão , além da Carioca Engenharia (outra que doou ao PMDB), foram responsáveis pela obra do Arco, inaugurado parcialmente em julho por Pezão e pela presidente Dilma Rousseff.

Há também prestadoras de serviço, como a Premier Comércio de Alimentos, que doou R$ 100 mil e, nos últimos oito anos, recebeu R$ 177 milhões do governo estadual, pelo fornecimento de comida a pacientes e servidores de hospitais.

Na prestação final, Pezão declarou R$ 45,1 milhões em doações, mas sem discriminar a origem. Se limitou a creditar, entre um e outro nome responsável por valores menores, R$ 43,8 milhões a repasses do Comitê partidário.

O Comitê, por sua vez, listou 78 empresas. Delas, 27 firmaram contratos com o Executivo estadual nas duas últimas gestões. Juntas, doaram R$ 23,4 milhões dos R$ 72 milhões que o Comitê arrecadou.

As que mais doaram foram Carioca Engenharia, com R$ 3,8 milhões, OAS e Queiroz Galvão.

Entre as fornecedoras/doadoras da campanha de Pezão, o grupo Bradesco é o que mais recebeu por serviços prestados ao Estado do Rio nos últimos oito anos: R$ 840 milhões, parte em pagamento de empréstimos e juros de dívidas.

O Bradesco Vida e Previdência doou R$ 1,3 milhão ao Comitê.

Em segundo lugar no ranking de valores recebidos, aparece a Ipê Engenharia: R$ 372 milhões por obras, principalmente em rodovias. A empresa doou R$ 1 milhão. Em seguida, mais uma construtora: Colares Linhares (R$ 327 milhões em contratos; doou R$ 1 milhão).

Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que "as doações foram feitas de forma transparente e cumpriram rigorosamente o que determina a Justiça Eleitoral".

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