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Fiocruz: variantes da covid-19 já predominam em pelo menos seis estados brasileiros

Levantamento apontou que, de oito estados analisados, somente em dois não houve uma prevalência da mutação associada às variantes do vírus da Amazônia, do Reino Unido e da África do Sul superior a 50%

Coronavírus (BlackJack3D/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 4 de março de 2021 às 20h48.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz divulgado nesta quinta-feira detectou uma alta prevalência de variantes da covid-19 dispersas nas três regiões brasileiras analisadas -- Sul, Sudeste e Nordeste --, ao citar a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus como motivos para essa ocorrência.

O levantamento, do Observatório Covid-19 Fiocruz, que contou com o apoio do Ministério da Saúde, apontou que, de oito estados analisados, somente em dois não houve uma prevalência da mutação associada às variantes do vírus da Amazônia, do Reino Unido e da África do Sul superior a 50%.

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Isso ocorreu, segundo comunicado do órgão, em Minas Gerais, com 30,3% das amostras testadas como positivo para a mutação e, Alagoas, com 42,6%.

Em outros seis estados pesquisados essa prevalência superou a metade da população analisada: Ceará, 71,1%; Pernambuco, 50,8%; Rio de Janeiro, 62,7%; Paraná, 70,4%; Santa Catarina, 63,7%; e Rio Grande do Sul, 62,5%.

No comunicado, a Fiocruz defende que se adote medidas para reduzir a circulação de pessoas, com medidas mais rigorosas de restrição de atividades, e a necessidade de um pacto nacional para enfrentamento da pandemia no país.

"Até o momento, não têm sido observada uma clara associação dessas variantes com uma evolução clínica mais grave, mas estudos adicionais estão em andamento para esclarecer aspectos relacionados com o sequenciamento genético dessas variantes, bem com sua transmissibilidade e o real impacto dessas variantes na dinâmica de ocorrência da Covid-19", disse o estudo.

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