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Explicações de Dilma são pouco convincentes, diz Aécio

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que Dilma votou a favor da transação com base em um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobras

Aécio Neves: "As explicações são pouco convincentes e é preciso que essa questão seja investigada a fundo" (Orlando Brito / PSDB)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 16h10.

Brasília - O provável candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves , afirmou na manhã desta quarta-feira, 19, que as explicações dadas pela presidente Dilma Rousseff para a operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, "são pouco convincentes" e que é preciso "investigar a fundo".

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que Dilma votou a favor da transação com base em um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

A refinaria foi comprada em duas etapas. Já era considerada obsoleta quando o conselho presidido por Dilma avalizou a compra, há oito anos. Mais tarde, após uma disputa judicial, a Petrobras se viu "obrigada" a comprar a outra metade da refinaria, o que custou ao final US$ 1,2 bilhão.

Em nota, Dilma justificou que baseou sua decisão em um resumo que ela classifica de "falho" e "omisso". Na ocasião, a presidente era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

"As explicações são pouco convincentes e é preciso que essa questão seja investigada a fundo", disse o tucano, que classificou o caso de "extremamente grave".

Ele afirmou que vai fazer na tarde desta quarta um pronunciamento da tribuna do Senado com medidas a serem tomadas pela oposição.

Para Aécio, a revelação mostra a "irresponsabilidade" das decisões da Petrobras, que, segundo ele, perdeu mais da metade do seu valor patrimonial nos últimos anos. Ele disse que a questão é "ainda mais grave" por envolver Dilma.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou na tarde desta quarta que a revelação do voto de Dilma é mais um elemento que desconstrói a imagem de "grande gerente" da presidente. Ele lembrou que o partido já apresentou representações para que o Ministério Público investigasse a operação.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), saiu em defesa de Dilma ao dizer que não há, até o momento, uma "conclusão" de que a venda da refinaria tenha sido lesiva para a estatal. "Não há uma conclusão de que tenha sido um ato lesivo à Petrobras", afirmou. "Não há nenhum tipo de comprovação de que tenha algum tipo de irregularidade".

O petista disse não haver qualquer possibilidade de a presidente ter conhecimento de uma suposta irregularidade na operação. "Não há hipótese de ela ter coonestado com qualquer coisa de irregularidade, se houver irregularidade", frisou.

Ele disse que a base não vai se opor a uma eventual vinda de dirigentes da estatal para explicar a operação. "Se for preciso vir alguém, quem quer que seja, não será problema algum", disse, ao lembrar que no ano passado o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli foi ao Senado explicar a operação.

Para o líder do PT, a oposição, sem "outra bandeira" para fazer o debate com o governo, elegeu o sistema elétrico e as questões relativas à Petrobras para fustigar o Executivo.

A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) concordou com o colega de bancada. "Lamento que a oposição queira se utilizar desses expedientes para desgastar a presidenta. Na realidade está fazendo entregas importantes ao povo brasileiro e ela vai ser avaliada a respeito disso, como boa gestora", afirmou.

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Brasília - O provável candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves , afirmou na manhã desta quarta-feira, 19, que as explicações dadas pela presidente Dilma Rousseff para a operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, "são pouco convincentes" e que é preciso "investigar a fundo".

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que Dilma votou a favor da transação com base em um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

A refinaria foi comprada em duas etapas. Já era considerada obsoleta quando o conselho presidido por Dilma avalizou a compra, há oito anos. Mais tarde, após uma disputa judicial, a Petrobras se viu "obrigada" a comprar a outra metade da refinaria, o que custou ao final US$ 1,2 bilhão.

Em nota, Dilma justificou que baseou sua decisão em um resumo que ela classifica de "falho" e "omisso". Na ocasião, a presidente era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

"As explicações são pouco convincentes e é preciso que essa questão seja investigada a fundo", disse o tucano, que classificou o caso de "extremamente grave".

Ele afirmou que vai fazer na tarde desta quarta um pronunciamento da tribuna do Senado com medidas a serem tomadas pela oposição.

Para Aécio, a revelação mostra a "irresponsabilidade" das decisões da Petrobras, que, segundo ele, perdeu mais da metade do seu valor patrimonial nos últimos anos. Ele disse que a questão é "ainda mais grave" por envolver Dilma.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou na tarde desta quarta que a revelação do voto de Dilma é mais um elemento que desconstrói a imagem de "grande gerente" da presidente. Ele lembrou que o partido já apresentou representações para que o Ministério Público investigasse a operação.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), saiu em defesa de Dilma ao dizer que não há, até o momento, uma "conclusão" de que a venda da refinaria tenha sido lesiva para a estatal. "Não há uma conclusão de que tenha sido um ato lesivo à Petrobras", afirmou. "Não há nenhum tipo de comprovação de que tenha algum tipo de irregularidade".

O petista disse não haver qualquer possibilidade de a presidente ter conhecimento de uma suposta irregularidade na operação. "Não há hipótese de ela ter coonestado com qualquer coisa de irregularidade, se houver irregularidade", frisou.

Ele disse que a base não vai se opor a uma eventual vinda de dirigentes da estatal para explicar a operação. "Se for preciso vir alguém, quem quer que seja, não será problema algum", disse, ao lembrar que no ano passado o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli foi ao Senado explicar a operação.

Para o líder do PT, a oposição, sem "outra bandeira" para fazer o debate com o governo, elegeu o sistema elétrico e as questões relativas à Petrobras para fustigar o Executivo.

A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) concordou com o colega de bancada. "Lamento que a oposição queira se utilizar desses expedientes para desgastar a presidenta. Na realidade está fazendo entregas importantes ao povo brasileiro e ela vai ser avaliada a respeito disso, como boa gestora", afirmou.

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