Executivo preso na Lava Jato admitiu propina, diz jornal
Erton Medeiros Fonseca, da construtora Galvão Engenharia, teria dito à PF que aceitou pagar propina ao esquema de corrupção da Petrobras após ser extorquido
Mariana Desidério
Publicado em 18 de novembro de 2014 às 14h03.
São Paulo - Ao menos dois executivos presos na sétima etapa da Operação Lava Jato teriam dito à Polícia Federal que fizeram doações ou pagaram propina para partidos políticos, de acordo com informações divulgadas pela imprensa.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Erton Medeiros Fonseca, da construtora Galvão Engenharia, teria dito à PF que aceitou pagar propina ao esquema de corrupção da Petrobras após ser extorquido pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef.
Ainda de acordo com o jornal, Fonseca teria dito que o destino do dinheiro foi o PP (Partido Progressista).
O PP também teria sido citado por outro executivo, o engenheiro Ildefonso Colares Filho, que trabalhou na Queiroz Galvão.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, em depoimento à Polícia Federal, Colares teria citado como recebedores de doações da Queiroz Galvão o PT, o PMDB, o PP e “mais alguns”.
Outro depoimento teria apontado ainda o envolvimento do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, também preso na sétima etapa da Operação Lava Jato e nome ligado ao PT.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, teria dito em sua delação premiada que Renato Duque era quem tratava com o cartel de grandes empreiteiras do país.
“O ‘clube’ tinha um articulador e coordenador que organizava reuniões e fazia o contato com Renato Duque, para estabelecer quais empresas seriam convidadas para cada licitação”, teria dito o delator.
A Polícia Federal afirmou que pretende terminar de colher os depoimentos dos executivos nesta terça-feira, segundo a Folha.
Operação
Iniciada em março deste ano, a Operação Lava Jato investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro ligado à Petrobras.
Na última sexta-feira, a PF deu início à sétima fase da Operação e cumpriu mandados de busca e apreensão em sedes de grandes empreiteiras, além da prisão de executivos das empresas.
Ao menos nove companhias são investigadas: Odebrecht , Mendes Júnior, UTC Engenharia , OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa e Iesa.
Segundo a Polícia Federal, as empresas têm R$ 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.
São Paulo - Ao menos dois executivos presos na sétima etapa da Operação Lava Jato teriam dito à Polícia Federal que fizeram doações ou pagaram propina para partidos políticos, de acordo com informações divulgadas pela imprensa.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Erton Medeiros Fonseca, da construtora Galvão Engenharia, teria dito à PF que aceitou pagar propina ao esquema de corrupção da Petrobras após ser extorquido pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef.
Ainda de acordo com o jornal, Fonseca teria dito que o destino do dinheiro foi o PP (Partido Progressista).
O PP também teria sido citado por outro executivo, o engenheiro Ildefonso Colares Filho, que trabalhou na Queiroz Galvão.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, em depoimento à Polícia Federal, Colares teria citado como recebedores de doações da Queiroz Galvão o PT, o PMDB, o PP e “mais alguns”.
Outro depoimento teria apontado ainda o envolvimento do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, também preso na sétima etapa da Operação Lava Jato e nome ligado ao PT.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, teria dito em sua delação premiada que Renato Duque era quem tratava com o cartel de grandes empreiteiras do país.
“O ‘clube’ tinha um articulador e coordenador que organizava reuniões e fazia o contato com Renato Duque, para estabelecer quais empresas seriam convidadas para cada licitação”, teria dito o delator.
A Polícia Federal afirmou que pretende terminar de colher os depoimentos dos executivos nesta terça-feira, segundo a Folha.
Operação
Iniciada em março deste ano, a Operação Lava Jato investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro ligado à Petrobras.
Na última sexta-feira, a PF deu início à sétima fase da Operação e cumpriu mandados de busca e apreensão em sedes de grandes empreiteiras, além da prisão de executivos das empresas.
Ao menos nove companhias são investigadas: Odebrecht , Mendes Júnior, UTC Engenharia , OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa e Iesa.
Segundo a Polícia Federal, as empresas têm R$ 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.