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Executivo da Andrade Gutierrez é preso na Lava Jato

A 16ª fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade, mira contratos da Eletronuclear, estatal ligada à Eletrobras

Obra da Andrade Gutierrez: Flávio Barra será levado para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 10h38.

Brasília - O presidente Global da Andrade Gutierrez Energia, Flávio Barra, foi alvo da 16ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira, 28, e teve prisão temporária decretada. Ele será levado para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

A 16ª fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade, mira contratos da Eletronuclear, estatal ligada à Eletrobras, e tem como base delação premiada feita por executivos da Camargo Corrêa. O principal ponto da ação indica suposta corrupção em contratos da Usina Nuclear de Angra 3.

No início deste ano, em delação premiada, o empreiteiro Dalton Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações, revelou a existência de cartel nas contratações e pagamentos relativos às obras da usina.

A Andrade Gutierrez integra o consórcio UNA 3, um dos vencedores para montagem da usina. Os contratos para execução da montagem eletromecânica da usina foram Angra 3 (Queiroz Galvão; Empresa Brasileira de Engenharia - EBE; e Techint Engenharia) e UNA 3 (Andrade Gutierrez; Norberto Odebrecht; Camargo Correa; e UTC Engenharia).

Avancini também citou em delação o nome do almirante Otthon Luiz Pereira da Silva, licenciado desde abril do cargo de diretor-presidente da Eletronuclear. O empreiteiro disse ter "ouvido dizer" que havia uma promessa de propina para o militar.

Barra, da Andrade Gutierrez, será levado para Curitiba. A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser convertida pelo juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, em prisão preventiva. Desde o início da Operação, a Andrade Gutierrez tem reiterado que seus executivos não têm relação com a prática de atos ilícitos.

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A 16ª fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade, mira contratos da Eletronuclear, estatal ligada à Eletrobras, e tem como base delação premiada feita por executivos da Camargo Corrêa. O principal ponto da ação indica suposta corrupção em contratos da Usina Nuclear de Angra 3.

No início deste ano, em delação premiada, o empreiteiro Dalton Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações, revelou a existência de cartel nas contratações e pagamentos relativos às obras da usina.

A Andrade Gutierrez integra o consórcio UNA 3, um dos vencedores para montagem da usina. Os contratos para execução da montagem eletromecânica da usina foram Angra 3 (Queiroz Galvão; Empresa Brasileira de Engenharia - EBE; e Techint Engenharia) e UNA 3 (Andrade Gutierrez; Norberto Odebrecht; Camargo Correa; e UTC Engenharia).

Avancini também citou em delação o nome do almirante Otthon Luiz Pereira da Silva, licenciado desde abril do cargo de diretor-presidente da Eletronuclear. O empreiteiro disse ter "ouvido dizer" que havia uma promessa de propina para o militar.

Barra, da Andrade Gutierrez, será levado para Curitiba. A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser convertida pelo juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, em prisão preventiva. Desde o início da Operação, a Andrade Gutierrez tem reiterado que seus executivos não têm relação com a prática de atos ilícitos.

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