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Ex-assessor de Flávio Bolsonaro falta pela 2ª vez a depoimento no MP-RJ

O Ministério sugeriu, como alternativa, o comparecimento do senador eleito Flávio Bolsonaro, no dia 10, para esclarecer as movimentações

Flávio Bolsonaro: ex-assessor é investigado por movimentações "atípicas" (Adriano Machado/Reuters)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 16h17.

Última atualização em 21 de dezembro de 2018 às 16h34.

São Paulo — Pela segunda vez consecutiva, o ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício José Carlos Queiroz, faltou a um depoimento marcado na sede do Ministério Público Estadual do Rio (MP-RJ).

A oitiva, programada para a tarde desta sexta-feira (21), serviria para esclareceras transações atípicas de 1,2 milhão de reais em sua conta. A movimentação foi apontada peloConselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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O depoimento de Queiroz estava previsto para quarta-feira (19), mas, segundo os advogados, ele teve uma “inesperada crise de saúde” e não pode comparecer.

Sua defesa alegou também que não houve tempo hábil para analisar os autos da investigação. Eles solicitaram cópias dos documentos.

Em nota, o MP afirmou que advogado do investigado compareceu à sede do MP-RJ, às 14h, para informar que seu cliente “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”. A defesa se comprometeu a apresentar os referidos laudos até o dia 28.

O MP-RJ afirmou ainda que dando prosseguimento às investigações será enviado oficio ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) sugerindo o comparecimento do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, no dia 10 de janeiro, para que preste esclarecimentos acerca dos fatos.

O ex-PM trabalhou durante cerca de dez anos com Flávio e foi seu motorista na Alerj. Registrado como assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz também era segurança do filho de Bolsonaro. Queiroz foi exonerado do gabinete no último dia 15 de outubro.

Investigação

O depoimento de Queiroz seria para esclarecer a movimentação “atípica” identificada pelo Coafde R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O documento cita um repasse de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro — o presidente eleito disse que se tratava do pagamento de uma dívida antiga do policial militar com ele.

De acordo com a Revista Veja, uma das contas de Queiroz recebeu transferências bancárias de sete servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que passaram pelo gabinete do filho do presidente eleito.

Além dos servidores, o próprio Fabrício Queiroz depositou 94.812 reais em sua conta, que é do banco Itaú e a agência fica em Freguesia, bairro da zona oeste da cidade do Rio.

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