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Bebês nascem cegos por causa do Zika em São Paulo

De acordo com um dos autores do estudo, 30% das crianças nascidas de mães infectadas apresentam algum tipo de complicação na visão

Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus (Luis Robayo/AFP)

Valéria Bretas

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 14h38.

Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 16h42.

São Paulo – Artigo científico publicado por pesquisadores brasileiros em uma revista americana revela que há uma relação entre o vírus da zika e a cegueira em recém-nascidos. Pela primeira vez, de acordo com a pesquisa, dois bebês da Grande São Paulo nasceram cegos por conta do vírus.

O estudo analisou o caso de duas mães que foram infectadas durante a gravidez. Uma delas tinha 17 anos e a outra 14 anos na época do parto, em 2016.

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Segundo o oftalmologista Rubens Belfort Jr, um dos autores do estudo, 30% das crianças nascidas de mães infectadas apresentam algum tipo de complicação na visão. "Isso acontece porque o vírus destrói a retina do feto", diz em entrevista a EXAME.com.

Belfort explica que outros casos de cegueira em bebês já foram encontrados na região Nordeste do país. "O estado de São Paulo tem alto risco de sofrer uma epidemia. Com certeza mais casos como esse surgirão se o combate ao mosquito não for intensificado", afirma.

Para evitar a sua proliferação, a principal recomendação é eliminar locais de água parada onde o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, deposita suas larvas. É preciso estar atento a vasos de plantas, pneus velhos, bacias, sacos plásticos e outros recipientes que possam acumular água.

 

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