Emoção de lado a lado; Madrugada…
Acusação e defesa Com 1h30 cada uma, acusação e defesa fizeram seus últimos pronunciamentos no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Janaína Paschoal pediu desculpas à petista pelo “sofrimento causado”, mas definiu o impeachment como um remédio institucional para o governo e se disse “defensora do Brasil”. José Eduardo Cardozo, pela defesa, afirmou […]
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2016 às 19h03.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h53.
Acusação e defesa
Com 1h30 cada uma, acusação e defesa fizeram seus últimos pronunciamentos no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Janaína Paschoal pediu desculpas à petista pelo “sofrimento causado”, mas definiu o impeachment como um remédio institucional para o governo e se disse “defensora do Brasil”. José Eduardo Cardozo, pela defesa, afirmou que o julgamento foi a “execração de uma pessoa íntegra” e que senadores cometiam um “assassinato de reputação”.
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E tome discurso
Nada menos que 66 dos 81 senadores se inscreveram para falar na fase de debates sobre o julgamento. A previsão é que o falatório siga madrugada adentro, pois apenas um terço havia passado pelo púlpito até as 19 horas. Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a previsão é que a votação só aconteça nesta quarta-feira, entre o fim da manhã e o começo da tarde.
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Choro de Cardozo
O advogado de defesa de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, chorou ao comentar a fala de Janaína Paschoal em plenário. O ponto crítico, para ele, foi a citação da advogada, que falou nos netos de Dilma ao defender sua posição. “No dia em que uma pessoa perde a capacidade de se indignar diante da injustiça é porque se desumanizou. E eu não quero me desumanizar”, afirmou Cardozo. “Peço, por favor, que julguem pela justiça, julguem pela democracia, julguem pelo Estado de Direito.” Janaína respondeu que respeita a opinião de Cardozo caso não seja “teatro”.
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Barraco do dia
O dia não podia passar no Senado sem um bate-boca. Dessa vez, a confusão ficou por conta do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), em protesto à declaração de José Guimarães (PT). O petista chamou a advogada Janaína Paschoal de “golpista”. “Golpistas foram aqueles que saquearam a Petrobras. Golpistas são vocês”, disse Nunes, apontando para Guimarães. “Não tenho medo de você.” Sobrou grito também para a petista Fátima Bezerra.
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Ameaça a Aécio
O senador Aécio Neves (PSDB) recebeu mensagem anônima em seu e-mail funcional com ameaça de morte a ele e à sua família caso não renunciasse ao cargo. Aécio foi chamado pelo remetente de “canalha asqueroso”. Outros parlamentares, como o relator do parecer que pede o impeachment de Dilma, senador Antonio Anastasia (PSDB), o tucano Antonio Imbassahy e o peemedebista Eunício Oliveira, receberam mensagens semelhantes. A Polícia Federal abrirá inquérito para investigar o caso.
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Renúncia
A vice-procuradora-geral da República no Brasil, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, divulgou nota em que renuncia ao cargo nesta terça-feira. No dia 28, a revista VEJA publicou um vídeo em que a jurista aparece numa manifestação contrária ao impeachment de Dilma Rousseff. Nas imagens, ela carrega uma faixa escrito “Fora, Temer. Contra o golpe!”. Não há menção ao vídeo no texto.
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Jean Wyllys absolvido
O Supremo rejeitou nesta terça-feira uma queixa-crime apresentada pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) por crime contra a honra. Wyllys chamou Cunha de “ladrão” durante a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff no plenário da Casa. A Segunda Turma arquivou o processo por unanimidade, dizendo que Wyllys tem imunidade ao emitir opinião no exercício do cargo.