Embaixador da Itália no Brasil prestará esclarecimentos em Roma sobre Battisti
Diplomata vai repercutir decisão do STF de rejeitar a extradição e autorizar a libertação de Cesare Battisti
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2011 às 13h25.
Brasília – O embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, deve se reunir amanhã (13) em Roma, com o ministro das Relações Exteriores do país, Franco Frattini. Na última sexta-feira (10), o diplomata foi convocado pelas autoridades italianas a deixar o Brasil para prestar consultas ao Ministério de Assuntos Exteriores. Em comunicado, o governo disse que ele deve prestar esclarecimentos sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a extradição e autorizar a libertação do ex-ativista político Cesare Battisti, de 56 anos.
Até sexta-feira à noite, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não havia sido informado oficialmente sobre a convocação do embaixador. Porém, diplomatas que acompanham o processo afirmaram que a convocação, apesar de motivada pela libertação de Battisti, tem o objetivo de esclarecimentos técnicos e jurídicos sobre o caso.
O governo da Itália indicou que pretende recorrer à Corte de Haia por discordar da decisão e considerar que houve um desrespeito ao tratado de extradição em vigor com o Brasil. A data para ingressar com a ação ainda não foi definida.
A convocação do embaixador italiano foi informada publicamente em comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores. A decisão tem caráter temporário e foi assinada por Frattini. “[O ministro das Relações Exteriores] Franco Frattini decidiu temporariamente convocar a Roma o embaixador em Brasília, Gherardo La Francesca, para consultas”, diz o texto.
“[A convocação do embaixador tem o objetivo de] aprofundar, conjuntamente com as autoridades competentes, os aspectos técnicos e jurídicos relacionados com a aplicação de acordos bilaterais existentes, visando a iniciativas e recursos ante as instâncias judiciais internacionais”, acrescenta o comunicado.
Em 1988, Battisti foi condenado na Itália, à revelia, por participação em quatro assassinatos cometidos nos anos 70. Para as autoridades italianas, ele é um criminoso comum. Porém, no Brasil, recebe o tratamento de perseguido político. Nos últimos quatro anos, Battisti ficou preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele foi libertado no último dia 9 de madrugada. Os advogados informaram que ele pretende morar no Brasil e seguir a carreira de escritor.
Brasília – O embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, deve se reunir amanhã (13) em Roma, com o ministro das Relações Exteriores do país, Franco Frattini. Na última sexta-feira (10), o diplomata foi convocado pelas autoridades italianas a deixar o Brasil para prestar consultas ao Ministério de Assuntos Exteriores. Em comunicado, o governo disse que ele deve prestar esclarecimentos sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a extradição e autorizar a libertação do ex-ativista político Cesare Battisti, de 56 anos.
Até sexta-feira à noite, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não havia sido informado oficialmente sobre a convocação do embaixador. Porém, diplomatas que acompanham o processo afirmaram que a convocação, apesar de motivada pela libertação de Battisti, tem o objetivo de esclarecimentos técnicos e jurídicos sobre o caso.
O governo da Itália indicou que pretende recorrer à Corte de Haia por discordar da decisão e considerar que houve um desrespeito ao tratado de extradição em vigor com o Brasil. A data para ingressar com a ação ainda não foi definida.
A convocação do embaixador italiano foi informada publicamente em comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores. A decisão tem caráter temporário e foi assinada por Frattini. “[O ministro das Relações Exteriores] Franco Frattini decidiu temporariamente convocar a Roma o embaixador em Brasília, Gherardo La Francesca, para consultas”, diz o texto.
“[A convocação do embaixador tem o objetivo de] aprofundar, conjuntamente com as autoridades competentes, os aspectos técnicos e jurídicos relacionados com a aplicação de acordos bilaterais existentes, visando a iniciativas e recursos ante as instâncias judiciais internacionais”, acrescenta o comunicado.
Em 1988, Battisti foi condenado na Itália, à revelia, por participação em quatro assassinatos cometidos nos anos 70. Para as autoridades italianas, ele é um criminoso comum. Porém, no Brasil, recebe o tratamento de perseguido político. Nos últimos quatro anos, Battisti ficou preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele foi libertado no último dia 9 de madrugada. Os advogados informaram que ele pretende morar no Brasil e seguir a carreira de escritor.