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Embaixador alemão: Queremos nos basear em atos de Bolsonaro, não em tuítes

Georg Witschel relatou ao vice-presidente que visão dos alemães em relação ao novo governo é "bastante crítica"

Georg Witschel: Embaixador alemão afirmou que país quer cooperar para acabar com má reputação do Brasil (Facebook/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 17h30.

Brasília - Após conversar com o presidente em exercício, Hamilton Mourão, o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, relatou que a visão de parte dos alemães em relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro é "bastante crítica" e preocupante por causa dos discursos de campanha do brasileiro. O embaixador afirmou, no entanto, que está otimista com o País, mas alertou que será preciso medir Bolsonaro por seus atos, e não por suas falas anteriores.

"Temos na imprensa e em partes da sociedade alemã uma reputação do Brasil que pode ser meio errada, queremos também cooperar a fim de melhorar essa reputação", disse o embaixador. "O que nós queremos é medir o novo governo segundo os atos, segundo os fatos, e não segundo os tuítes e as palavras durante a campanha."

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As preocupações em relação ao Brasil, disse Witschel, estão em torno de temas como direitos humanos e a preocupação com mudanças climáticas mundiais. "O importante agora é que o governo faça uma política pública que explique as intenções, as reformas e também explique que os direitos humanos e a luta contra as mudanças climáticas continuarão. Estou otimista, mas temos afazeres juntos."

Bolsonaro chegou a dizer que o Brasil deixaria o Acordo de Paris, posicionamento alterado depois de o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defender que o País continuasse.

Comentando a opinião dos alemães, o embaixador declarou que não há motivo para preocupação em relação ao discurso de Bolsonaro sobre direitos humanos, pontuando que "os melhores argumentos são os fatos". "Aqui temos uma democracia forte, um governo que já destacou que quer respeitar os direitos humanos e os direitos constitucionais no Brasil."

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