Em protesto, caminhoneiros fecham parte da Avenida Paulista
Manifestação tinha cartazes contra João Doria e Bruno Covas e ocorre no primeiro dia de rodízio rígido em São Paulo
Agência O Globo
Publicado em 11 de maio de 2020 às 18h01.
Última atualização em 11 de maio de 2020 às 18h17.
Um grupo de caminhoneiros fez um buzinaço na Avenida Paulista na tarde desta segunda-feira em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O grupo se reuniu na esquina da Consolação e provocou protestos nas redes sociais.
Segundo internautas, os caminhões levavam bandeiras do Brasil e pararam para fazer protesto nas imediações do Hospital das Clínicas, em São Paulo , que tem 900 leitos para pacientes de covid-19 .
Os manifestantes chegaram a estacionar os caminhões na Avenida Paulista, fechando duas faixas da via. Um internauta postou uma foto da manifestação e afirmou que estava andando pela avenida quando se deparou com o bloqueio dos caminhões, na altura do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Um dos veículos levava um caixão com imagens do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e do governador do estado, João Doria (PSDB). Vários tinham adesivo de "Fora Doria".
Essa não é a primeira manifestação do tipo. Há um mês, no dia 11 de abril, também houve buzinaço de grupos apoiadores de Bolsonaro, que pararam na frente do Hospital das Clínicas. Desta vez, não pararam na porta do hospital, segundo informações da instituição.
Também houve relatos de manifestações de caminhoneiros em outros pontos da cidade. Na Marginal Pinheiros, perto da Ponte do Jaguaré, teria ocorrido buzinaço contra a mudança no esquema de rodízio feita pelo prefeito Bruno Covas.
A partir desta segunda-feira, nos dias ímpares só circulam carros com placas com final ímpar. Nos dias pares, circulam os veículos com placa final par. Funcionários do setor de saúde estão liberados do rodízio.
Covas determinou a mudança na tentativa de aumentar o isolamento social, que caiu para a casa de 47%. O necessário é que o isolamento alcance taxas superiores a 60% para conter a disseminação do coronavírus.