Dino manda governo usar 'todo contingente cabível' contra incêndios na Amazônia e no Pantanal
Medidas devem ser tomadas em até 15 dias, envolvendo Forças Armadas, PF, PRF e órgãos de fiscalização ambiental
Agência de notícias
Publicado em 27 de agosto de 2024 às 14h52.
O ministro Flávio Dino , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), determinou que o governo federal deve mobilizar "todo o contingente tecnicamente cabível" para combater incêndios na Amazônia e no Pantanal.
A medida tem que se tomada em até 15 dias e vale para Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e órgãos de fiscalização ambiental.
A decisão de Dino é direcionada aos ministros Jorge Múcio (Defesa), Ricardo Lewandowski (Justiça) e Marina Silva (Meio Ambiente). O magistrado ainda sugeriu que eles proponham ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "se for necessário", a abertura de créditos extraordinários para custear essas ações emergenciais.
Dino herdou a relatoria de um conjunto de ações que tratam sobre medidas de combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal. Em março, o STF determinou que o governo federal deveria apresentar um plano para atuação nos dois biomas.
Há duas semanas, o relator marcou para o dia 10 de setembro uma audiência de conciliação, com os ministros da Justiça, Defesa, Meio Ambiente, Povos Indígenas (Sonia Guajajara) e Desenvolvimento Agrário (Paulo Teixeira), além da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos autores das ações.
A audiência segue marcada, mas Dino ressaltou que nos últimos dias houve a "intensificação de queimadas gravíssimas, inclusive com indícios de origem criminosa" em diversas parte do Brasil. O ministro disse não ignorar os "esforços" já realizados por agentes públicos, mas declarou que "é fora de dúvida que é urgente intensificá-los, com a força máxima disponível".
O ministro ainda ressaltou que, além das determinações do próprio STF, o combate aos incêndios segue o Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes, assinado na semana passada por Lula e presidentes Arthur Lira (Câmara), Rodrigo Pacheco (Senado) e Luís Roberto Barroso (STF).