Dilma fez pronunciamento sobre o Dia do Trabalhador nas redes sociais (Reprodução/YouTube)
Diogo Max
Publicado em 1 de maio de 2015 às 12h57.
São Paulo – A presidente Dilma Rousseff desistiu de fazer um pronunciamento na TV e no rádio nesta sexta-feira, Dia do Trabalho, e resolveu postar três vídeos nas redes sociais para falar sobre a data.
Essa é uma nova estratégia do Palácio do Planalto para evitar possíveis "panelaços" contra a presidente.
No primeiro dos vídeos, a presidente exaltou a política de valorização do salário mínimo dos últimos 13 anos – hoje, o valor está em 788 reais – e lembrou da Medida Provisória enviada ao Congresso, em março deste ano, e que deve estender a política de ganhos até 2019.
Além disso, a presidente recordou que enviou uma proposta para correção da tabela do Imposto de Renda em março.
Já no segundo vídeo, Dilma preferiu comentar a terceirização.
Para ela, a lei precisa garantir direitos aos empregados terceirizados, mas necessita também de manter a diferenciação entre atividades-fins e meio nos vários setores da economia.
No último dos vídeos, a presidente disse que criou um grupo formado por governo, trabalhadores, empresários e aposentados para discutir medidas de estímulo à geração de emprego e renda para a população.
Dilma também defendeu o diálogo entre o governo e a sociedade e disse que, como o Brasil vive em uma democracia, "temos que nos acostumar com as vozes das ruas e aos pleitos dos trabalhadores".
Veja os vídeo com as mensagens da presidente:
Na última quinta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, classificou como "coisa ridícula" a ausência de um pronunciamento da presidente em rede nacional de rádio e TV .
Renan também disse que, na democracia, é necessário "deixar as panelas falarem", numa referência a possíveis manifestações populares.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, também aproveitou o momento para criticar sua rival nas eleições passadas.
Ele acusou a presidente Dilma de ter "se acovardado" e afirma que ela deveria ir à TV dar explicações sobre "maior arrocho recessivo da história recente do País".
Texto atualizado às 12h55