Brasil

Dilma e Serra dão tom emotivo a fim de horário eleitoral

Lula apareceu no programa de Dilma, e Serra pediu um país "mais ético"

Os candidatos à Presidência: Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Os candidatos à Presidência: Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 20h09.

Brasília - A propaganda eleitoral em rádio e televisão no país terminou nesta sexta-feira com um tom mais emotivo tanto pela candidata Dilma Rousseff (PT) quanto por José Serra (PSDB).

Em suas últimas mensagens à população antes do segundo turno das eleições no próximo domingo, dia 31, a petista foi recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto Serra pediu um país "mais ético".

O programa de Dilma foi reforçado pelo apoio de Lula e pela exibição de sua trajetória desde a infância pobre no Nordeste até a Presidência.

"Tinha o sonho de mudar a vida da minha família e Deus foi muito mais generoso, pois me permitiu mudar a vida de uma família imensa chamada Brasil", mas, "se houve alguém a meu lado que fez o possível e o impossível para tornar isso realidade, foi Dilma", declarou Lula, quem abriu o programa da candidata.

Ele acrescentou que a partir de 1º de janeiro não será mais presidente, mas que ficará "muito feliz" por ver Dilma "continuar seu trabalho".

Além disso, pediu à população que vote em "quem está mais preparada" para governar.

"Se votarem em Dilma, estarão votando a meu favor", concluiu Lula.

A candidata também defendeu a gestão de Lula e declarou que, graças ao seu Governo, o "Brasil despertou e quer continuar sonhando, mas com os pés no chão", pois o país "agora tem um projeto e sabe o que quer".


Dilma ressaltou a possibilidade de se tornar a primeira mulher presidente de um país que até agora "teve 35 homens na Presidência", dos quais "apenas Lula veio do povo".

A candidata afirmou que "as mulheres lutaram muito por seus direitos e para conquistar um lugar no mercado de trabalho, nas artes e no esporte", e declarou que sua possível vitória nas urnas "fará todas essas conquistas maiores".

Serra apareceu em seu programa com sua mulher, a chilena Mónica Allende, seus filhos e seu neto, enquanto o narrador ressaltava que ele é "um homem de família", com a aparente intenção de se diferenciar de Dilma, quem se divorciou há 30 anos.

Em referência a escândalos de corrupção que mancharam o Governo Lula, prometeu governar com "ética acima de tudo" e destacou que, ao contrário de Dilma, é candidato por sua "própria história" e não pela decisão de "um padrinho".

"O presidente do Brasil deve ter ideias próprias e autonomia", disse Serra, para quem a petista será "tutelada" por outros.

O programa de Serra teve a participação de influentes dirigentes do PSDB e do deputado Fernando Gabeira, do PV.

Nesta sexta-feira, uma nova pesquisa elaborada pelo instituto Datafolha confirmou o favoritismo de Dilma para o segundo-turno.

Segundo o Datafolha, a petista ganhará as eleições com 50% dos votos, enquanto Serra ficaria com 40%.

Além disso, a taxa de indecisos é de 4%, o que reduziria ainda mais as possibilidades de Serra vencer.

Os dois candidatos se enfrentarão esta noite em um último debate organizado pela Rede Globo.

Amanhã a campanha continuará nas ruas até a meia-noite.

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