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Apoiar 3º turno é "ruptura democrática", diz Dilma

A presidente afirmou que as manifestações que pedem seu impeachment são legítimas, mas que defender um terceiro turno é uma "ruptura na democracia"

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia do dia da mulher no Palácio do Planalto (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 18h59.

São Paulo - Após o panelaço em algumas cidades brasileiras durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na noite de ontem, a petista saiu em defesa da legitimidade de seu governo.

Ao deixar o evento de sanção da lei do feminicídio, a presidente afirmou que as manifestações que estão marcadas para o próximo dia 15, e que pedem seu impeachment, são "legítimas".

Ela afirmou, no entanto, que a defesa de um "terceiro turno" da eleiçao do ano passado seria uma "ruptura democrática".

"Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática", afirmou.  "O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar a regra do jogo democrático", disse.

Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante , também já defendeu o governo. Em entrevista coletiva convocada pela presidência, Mercadante afirmou que o panelaço ocorreu em cidades e bairros onde Dilma perdeu as eleições por grande diferença.

"A primeira regra do sistema democrático é reconhecer o resultado das urnas. Só tem dois turnos, não tem terceiro turno. Nós vencemos pela quarta vez (as eleições)", declarou o ministro. "O que preocupa é que tivemos uma eleição bastante polarizada, que teve momentos de radicalização, e precisamos construir uma cultura de tolerância, de diálogo, de respeito", afirmou.

O tucano e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também se posicionou contra os pedidos de impeachment. Segundo o jornal Valor Econômico, em seminário realizado no Instituto Fernando Henrique, ele afirmou que "não adianta nada tirar a presidente".

"Se exauriu o modelo de presidencialismo de coalizão, que na verdade era um presidencialismo de cooptação", disse, enfatizando que o bloco de poder criado pelo ex-presidente Lula se desmoronou mesmo com a existência de 40 ministérios e 20 partidos na base aliada.

Segundo FHC, a saída para a crise política e econômica está na formação de um novo bloco que inclua a participação da sociedade no debate.

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Ao deixar o evento de sanção da lei do feminicídio, a presidente afirmou que as manifestações que estão marcadas para o próximo dia 15, e que pedem seu impeachment, são "legítimas".

Ela afirmou, no entanto, que a defesa de um "terceiro turno" da eleiçao do ano passado seria uma "ruptura democrática".

"Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática", afirmou.  "O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar a regra do jogo democrático", disse.

Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante , também já defendeu o governo. Em entrevista coletiva convocada pela presidência, Mercadante afirmou que o panelaço ocorreu em cidades e bairros onde Dilma perdeu as eleições por grande diferença.

"A primeira regra do sistema democrático é reconhecer o resultado das urnas. Só tem dois turnos, não tem terceiro turno. Nós vencemos pela quarta vez (as eleições)", declarou o ministro. "O que preocupa é que tivemos uma eleição bastante polarizada, que teve momentos de radicalização, e precisamos construir uma cultura de tolerância, de diálogo, de respeito", afirmou.

O tucano e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também se posicionou contra os pedidos de impeachment. Segundo o jornal Valor Econômico, em seminário realizado no Instituto Fernando Henrique, ele afirmou que "não adianta nada tirar a presidente".

"Se exauriu o modelo de presidencialismo de coalizão, que na verdade era um presidencialismo de cooptação", disse, enfatizando que o bloco de poder criado pelo ex-presidente Lula se desmoronou mesmo com a existência de 40 ministérios e 20 partidos na base aliada.

Segundo FHC, a saída para a crise política e econômica está na formação de um novo bloco que inclua a participação da sociedade no debate.

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