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Dilma defende que ajuste vai gerar resultados, diz ministro

A presidente Dilma fez a defesa do plano de ajuste da economia em reunião, e acredita que as ações de restrição vão apresentar resultados, diz ministro

A presidente Dilma Rousseff: presidente Dilma comentou que o país apresenta oportunidades de investimento, diz ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 21h03.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira a defesa do plano de ajuste da economia em reunião com empresários, sindicalistas e representantes do governo, dizendo acreditar que as ações de restrição adotadas pelo seu governo irão apresentar resultados, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto.

"A presidente fez uma exposição sobre a visão dela sobre esse momento, expressando confiança de que o Brasil fará medidas de ajustes que vão proporcionar resultados num prazo razoavelmente curto" disse o ministro.

A avaliação da presidente foi feita durante a reunião de reinstalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O Palácio do Planalto não divulgou uma lista com os nomes dos participantes do encontro desta segunda-feira em Brasília.

O governo enfrenta um momento difícil, com economia estagnada, inflação alta, escândalo de corrupção na Petrobras e forte restrição orçamentária. Reforçam esse quadro a crise hídrica e também um risco de racionamento de energia elétrica.

Ainda, uma pesquisa feita pelo Datafolha mostrou que a avaliação ótima/boa da presidente despencou de 42 por cento em dezembro para 23 por cento em fevereiro.

De acordo com Monteiro Neto, a presidente Dilma comentou que o país apresenta oportunidades de investimento.

Monteiro Neto acrescentou que, durante o encontro com empresários e sindicalistas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, fez uma exposição sobre a situação energética do país, traçando um quadro "de confiança" em relação assegurando à oferta de energia nos próximos meses.

Plano nacional de exportação

Durante a reunião do CNDI, Monteiro Neto assegurou que em março será lançado o Plano Nacional de Exportação, programa destinado a alavancar a venda de produtos brasileiros no exterior, num momento em que o câmbio se mostra mais favorável a essas operações.

Ele citou entre as ações em estudo o programa Proex, dizendo que esse programa oferecerá a exportadores e importadores a equalização da taxa de juros de financiamento das operações de comércio exterior compatíveis com encargos similares adotados em outros países.

O ministro também fez a defesa do Reitegra, programa de créditos tributários sobre a receita com as vendas no exterior de produtos manufaturados.

Na avaliação dele, o atual nível do câmbio é amigável para as exportações, mas é necessário que haja estabilização das cotações real/dólar. "Uma trajetória de menor oscilação (no câmbio) é desejável para que setor exportador tenha previsibilidade." O dólar fechou a segunda-feira praticamente estável ante o real, mas continuou perto das máximas em mais de uma década após testar mais cedo o patamar de 2,80 reais.

O titular do Desenvolvimento defendeu, ainda, as linhas de crédito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas disse que em momentos de restrição fiscal não tem como falar em novas desonerações tributárias.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira a defesa do plano de ajuste da economia em reunião com empresários, sindicalistas e representantes do governo, dizendo acreditar que as ações de restrição adotadas pelo seu governo irão apresentar resultados, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto.

"A presidente fez uma exposição sobre a visão dela sobre esse momento, expressando confiança de que o Brasil fará medidas de ajustes que vão proporcionar resultados num prazo razoavelmente curto" disse o ministro.

A avaliação da presidente foi feita durante a reunião de reinstalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O Palácio do Planalto não divulgou uma lista com os nomes dos participantes do encontro desta segunda-feira em Brasília.

O governo enfrenta um momento difícil, com economia estagnada, inflação alta, escândalo de corrupção na Petrobras e forte restrição orçamentária. Reforçam esse quadro a crise hídrica e também um risco de racionamento de energia elétrica.

Ainda, uma pesquisa feita pelo Datafolha mostrou que a avaliação ótima/boa da presidente despencou de 42 por cento em dezembro para 23 por cento em fevereiro.

De acordo com Monteiro Neto, a presidente Dilma comentou que o país apresenta oportunidades de investimento.

Monteiro Neto acrescentou que, durante o encontro com empresários e sindicalistas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, fez uma exposição sobre a situação energética do país, traçando um quadro "de confiança" em relação assegurando à oferta de energia nos próximos meses.

Plano nacional de exportação

Durante a reunião do CNDI, Monteiro Neto assegurou que em março será lançado o Plano Nacional de Exportação, programa destinado a alavancar a venda de produtos brasileiros no exterior, num momento em que o câmbio se mostra mais favorável a essas operações.

Ele citou entre as ações em estudo o programa Proex, dizendo que esse programa oferecerá a exportadores e importadores a equalização da taxa de juros de financiamento das operações de comércio exterior compatíveis com encargos similares adotados em outros países.

O ministro também fez a defesa do Reitegra, programa de créditos tributários sobre a receita com as vendas no exterior de produtos manufaturados.

Na avaliação dele, o atual nível do câmbio é amigável para as exportações, mas é necessário que haja estabilização das cotações real/dólar. "Uma trajetória de menor oscilação (no câmbio) é desejável para que setor exportador tenha previsibilidade." O dólar fechou a segunda-feira praticamente estável ante o real, mas continuou perto das máximas em mais de uma década após testar mais cedo o patamar de 2,80 reais.

O titular do Desenvolvimento defendeu, ainda, as linhas de crédito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas disse que em momentos de restrição fiscal não tem como falar em novas desonerações tributárias.

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